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Rio Grande do Sul Veja como foi a visita de Lula ao RS na segunda-feira

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Objetivo é ampliar a frota de navios petroleiros e desenvolver a indústria naval. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em visita ao Estado na manhã dessa segunda-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou contrato do Programa de Ampliação da Frota da Petrobras e Transpetro. A agenda compõe mais uma ação de retomada da indústria naval e de recuperação de plataformas da Petrobras que estavam em situação de desmobilização, desta vez em Rio Grande. O município, a 300 quilômetros de Porto Alegre, abriga o o quarto terminal portuário mais movimento do País e a Refinaria Riograndense, a primeira do Brasil, inaugurada em 1937 como Refinaria Ipiranga.

O objetivo é ampliar a frota de navios petroleiros e desenvolver a indústria naval, começando pela construção de quatro navios petroleiros do tipo Handy (embarcações de médio porte utilizadas para o transporte de petróleo bruto e derivados), com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação.

“Eu quero recuperar (a indústria naval) porque um país que tem uma bela indústria naval, ele se torna competitivo no comércio internacional”, afirmou o presidente, lembrando que 90% desse comércio é realizado por transporte marítimo. O presidente disse ainda que a assinatura “é apenas o começo”, lembrando que na semana passada ele havia participado do lançamento de edital para a construção de navios da Transpetro em Angra dos Reis (RJ). “Esse estaleiro vai voltar a funcionar”, acrescentou Lula.

O presidente voltou a destacar que o setor tem sido uma de suas prioridades à frente do governo. “Eu resolvi recuperar a Petrobras e a indústria naval, porque construir a indústria naval não foi uma tarefa fácil. Vocês sabem que, desde 2002, a gente tem brigado pela indústria naval. Esse país tem 8 mil quilômetros de costa marítima. Esse país jamais poderia prescindir de uma indústria de cabotagem, jamais. Porque o ideal para um país como o Brasil é o sistema de transporte no qual você usa trem, navio, caminhão”, afirmou Lula. De acordo com o presidente, 95% do transporte de exportação do País é por navio.

Ele esteve acompanhado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. “A indústria naval é soberania nacional, tecnologia, inovação, logística, dando uma resposta maravilhosa e milhares e milhares de empregos”, afirmou Alckmin. Ao encerrar seu discurso, Alckmin citou o filósofo Michel Foucault para cumprimentar o presidente sobre o programa. “Em civilizações sem barcos, os sonhos secam. Parabéns, presidente Lula, por transformar o sonho em realidade”, acrescentou.

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, presente ao ato, destacou que a construção dos quatro navios para transporte de petróleo e derivados deve gerar cerca de 3,6 mil empregos diretos e indiretos, consolidando o impacto positivo da reativação da indústria naval no desenvolvimento econômico regional. O investimento previsto nesta etapa é de R$ 1,6 bilhão.

“O presidente Lula está trazendo novamente a dignidade e crescimento. Nós estamos reativando a indústria naval do setor petrolífero, as refinarias e as plantas de fertilizantes. O governo anterior só queria saber do lucro, dos acionistas e do dinheiro, mas não se lembravam que não existe lucro se a estrutura for sucateada”, disse.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou os investimentos que o governo vem fazendo no setor desde 2023. Ele lembrou que, impulsionado pelos recursos priorizados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), o setor naval fechou o último ano com R$ 30,8 bilhões aprovados para mais de 430 novos projetos, incluindo a construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias.

Programa

O contrato para a aquisição de quatro navios da classe Handy, com valor de US$ 69,5 milhões por embarcação, foi assinado entre a Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, e o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren. Os navios serão utilizados para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira.

A aquisição integra o Programa de Renovação e Ampliação de Frota da Petrobras, que prevê o contrato de 44 navios, com investimentos de R$ 23 bilhões e geração de 44 mil postos de trabalho. E está em linha com a Nova Indústria Brasil, política industrial que tem, entre suas missões, metas de descarbonização, de inovação, aumento da competitividade, das exportações e ampliação da soberania nacional.

Segundo a Petrobras, os quatro navios contratados pela Transpetro vão contemplar soluções que garantem maior eficiência energética e menor emissão de gases que provocam o efeito estufa. Além disso, as embarcações poderão ser abastecidas com bunker (óleo combustível marítimo) ou biocombustíveis. Como resultado, estima-se reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota, atendendo às determinações da Organização Marítima Internacional (IMO).

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