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Economia Brasileiro acusado de fraude de US$ 290 milhões com criptomoedas é extraditado da Suíça para os Estados Unidos

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Departamento de Justiça acusa empresário de operar um esquema de pirâmide que teria lesado mais de 100 mil americanos. (Foto: Reprodução)

O brasileiro Douver Torres Braga, de 48 anos, foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, onde enfrenta 13 processos por fraude eletrônica e conspiração ligados a um suposto esquema criminoso de investimentos em Bitcoins, informou o Departamento de Justiça (DoJ) americano.

Na última sexta-feira, ele compareceu ao Tribunal Distrital de Seattle e se declarou “inocente”.

A procuradora Teal Luthy Miller diz que Braga foi responsável por comandar um tipo de golpe que “remonta a mais de um século”, o das pirâmides financeiras, mas que ele o atualizou com a “novidade mais quente” das criptomoedas.

A acusação foi apresentada ao júri americano em outubro de 2022. Agora, com a sua prisão na Europa, conduzida pelo FBI e pela unidade de investigação criminal do Internal Revenue Service (IRS), o julgamento foi agendado para 28 de abril. Caso seja condenado pelos crimes, Braga pode pegar até 20 anos de prisão.

“Enquanto as vítimas desse caso esperavam e se perguntavam sobre o destino de seus investimentos, ele desviou milhões de dólares para seu uso pessoal”, disse W. Mike Herrington, agente especial do FBI em Seattle.

Quem é Douver Braga e do que ele é acusado? Natural de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Braga começou a carreira vendendo equipamentos de som para carros em sua cidade natal. Em 2016, quando já morava nos EUA, o empresário fundou o Trade Coin Club (TCC), empreendimento que prometia altos lucros a investidores a partir de transações com criptomoedas.

Ele anunciava, em conferências ao redor do mundo, que sua empresa havia criado um robô que fazia “milhões de microtransações” com Bitcoins a cada segundo. A propaganda atraiu mais de cem mil investidores que aportaram 82 mil Bitcoins, avaliados em US$ 295 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão), no negócio.

No entanto, para a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês), que investigou o caso e moveu uma ação civil contra o brasileiro no Tribunal do Distrito Oeste de Washington em novembro de 2022, o TCC era um “esquema fraudulento internacional”.

A SEC acusa Braga de ter enganado os investidores e ficado com boa parte do dinheiro. “Pelo menos 8.396 Bitcoins, no valor de US$ 55 milhões (cerca de R$ 316,3 milhões) na época, foram transferidos do TCC para endereços controlados por Braga em plataformas de criptoativos”, descreve a petição protocolada pela SEC na Justiça Federal americana.

Segundo a investigação, o TCC era um esquema de pirâmide: os “lucros” dos investidores vinham inteiramente dos depósitos feitos por outros aliciados — e não das propagadas atividades de negociação do robô. A SEC quer que ele devolva o que ganhou ilicitamente no esquema e ainda pague multas. As informações são do jornal O Globo.

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