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Política Bolsonaro quer que ato “Fora Lula” seja único no Rio de Janeiro

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Ex-presidente teme que manifestações descontroladas "estourem em seu colo"; atos em Belo Horizonte e Goiânia foram cancelados. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O ex-secretário de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, repassou, por meio do X (antigo Twitter), uma orientação “expressa” do ex-presidente para os atos planejados pela oposição para o dia 16 de março.

De acordo com Wajngarten, Bolsonaro, juntamente com o pastor Silas Malafaia, determinou que um único ato fosse realizado no Rio de Janeiro, contrariando qualquer convocação de manifestações em outras localidades.

“Qualquer chamamento diferente é oportunismo político de quem não acolhe os pedidos do presidente”, escreveu Wajngarten em seu perfil na rede social.

A principal motivação por trás dessa orientação seria o receio de Bolsonaro de que manifestações em outros Estados saíssem do controle e pudessem ser usadas contra ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente, em entrevista ao portal Claudio Dantas, afirmou que “no ‘after day’, quando estoura, sempre estoura no meu colo”, sugerindo que, caso os protestos em outras regiões se descontrolassem, ele seria responsabilizado por eventuais excessos.

O STF está prestes a julgar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro de ser o líder de uma trama golpista com o objetivo de dissolver o Estado democrático de direito. Juntamente com Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas.

Segundo Bolsonaro, o tema central dos atos programados para o dia 16 de março, na praia de Copacabana, será o movimento “Fora Lula 2026”, além de pautas como “Anistia Já”, liberdade de expressão, segurança pública e o custo de vida. O ex-presidente espera reunir até um milhão de manifestantes na capital carioca.

A decisão de Bolsonaro de unificar os protestos, entretanto, não foi bem aceita por todos os mobilizadores. Enquanto manifestações em Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO) foram canceladas em respeito à orientação do ex-presidente, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se posicionou publicamente a favor de manter o evento na Avenida Paulista, em São Paulo. “Estarei tanto em Copacabana pela manhã, atendendo a convocação de nosso presidente, como na Paulista”, informou Zambelli, destacando sua participação nas duas localidades.

Por sua vez, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos principais articuladores dos atos em Minas Gerais, usou o X para comentar o cancelamento do evento em Belo Horizonte. “Como eu não estava organizando a manifestação [em BH], não tinha o poder de cancelar, somente de apoiar. Até então, estava mantida. Agora, não mais, pelo que soube”, explicou.

Em Goiânia, o cancelamento foi anunciado pelo deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que, em postagem no X, informou que a recomendação era concentrar os esforços na manifestação no Rio de Janeiro. “Devemos concentrar esforços para o Rio de Janeiro”, escreveu Gayer, alinhando-se à estratégia definida por Bolsonaro.

Na segunda-feira (24), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se envolveu na mobilização para o ato em Copacabana. Por meio de um post no Instagram, ela convocou os apoiadores para a manifestação, escrevendo: “Pessoas de bem, juntas pelo futuro do Brasil”. A mensagem foi uma tentativa de engajar a base de apoio, reforçando o chamado para que todos se unissem no evento em defesa das pautas do ex-presidente. (Estadão Conteúdo)

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