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Política Ida de Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde escancara disputa entre PT e Centrão

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A expectativa é que uma definição sobre o substituto de Padilha só aconteça no começo de março. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Com a confirmação do governo de que Alexandre Padilha sairá do Ministério das Relações Institucionais para comandar a pasta da Saúde, PT e partidos do Centrão começaram uma disputa para indicar o novo nome que fará a articulação política com o Congresso. A expectativa é que uma definição sobre o substituto de Padilha só aconteça no começo de março, após o carnaval.

Siglas aliadas do Planalto veem como mais provável o cenário em que um petista assuma o cargo, sendo os nomes do líder do governo na Câmara, José Guimarães, do líder no Senado, Jaques Wagner; e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como os mais cotados para a função. Do grupo de legendas que faz parte da base, um dos nomes mais citados é o líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL).

Integrantes do Centrão, inclusive com assento na Esplanada, têm falado junto ao governo que é importante reduzir o espaço do PT nos cargos que envolvem a articulação. O partido já comanda a Casa Civil e tem as lideranças do governo na Câmara, no Senado e no Congresso.

Há, porém, um entendimento de que para comandar a pasta de articulação política é preciso um afinamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para poder ser levado a sério pelo governo e consequentemente não ficar na condição de ser desautorizado por outros ministros. Levando isso em consideração, o PT leva vantagem na corrida para o cargo.

Mesmo entre parte dos dirigentes de partidos do Centrão, há o reconhecimento de que o cargo não é ideal para se fortalecer politicamente. Há a avaliação de que o ministro da SRI funciona como uma espécie de “garçom”, que sempre leva a culpa quando o pedido vem errado, mesmo quando isso seja atribuição do cozinheiro.

Preferência

O próprio Padilha, que é de um grupo político diferente de Gleisi e Guimarães dentro do PT, já disse a aliados que veria com bons olhos que seu substituto fosse de um partido aliado. A interlocutores, o futuro ministro da Saúde chegou a apontar os nomes do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos, e do líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), como opções para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

A escolha de Costa Filho, no entanto, é vista como improvável e ele e o partido têm negado a possibilidade de isso acontecer. Dirigentes do Republicanos dizem que assumir a SRI seria ruim politicamente para Costa Filho. Para ilustrar esse ponto, foi citado o exemplo de Flávia Arruda, que era deputada pelo PL do Distrito Federal e virou ministra da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro. Ao sair do cargo de ministra, ela tentou ser vice-presidente da Câmara e se candidatou ao Senado, mas perdeu as duas disputas.

A interlocutores, Silvio Costa Filho, ainda que não deseje assumir a SRI, tem defendido que um partido que não o PT assuma a função. Ele já a indicou a aliados a preferência pelos nomes de Brito e de Isnaldo. Pesa a favor de Isnaldo a proximidade com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mas o emedebista é visto como alguém sem uma relação pessoal próxima com Lula.

Na semana passada, Padilha chegou a falar para o líder do PSD que gostaria de ter ele como colega de Esplanada. Na época, Brito não tinha sido ainda avisado por Padilha que ele iria substituir Nísia Trindade na Saúde. (O Globo)

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