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Rio Grande do Sul Avanço dos casos de coqueluche no RS reforça a importância da vacinação

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Doença respiratória já causou duas mortes entre os gaúchos desde o ano passado. (Foto: Arquivo/Fiocruz)

O avanço da coqueluche no Rio Grande do Sul tem motivado a Secretaria Estadual da Saúde a reforçar o alerta para a importância da vacinação. Trata-se da principal medida contra a doença, que já soma 75 casos – incluindo um óbito – desde o início de janeiro. No ano passado foram 430 ocorrências, número recorde desde os 517 registros de 2013, com o primeiro desfecho fatal em sete anos.

No calendário de imunização preconizado pelo Ministério da Saúde estão previstas três doses com o fármaco pentavalente: aos 2, 4 e 6 meses de idade, mais um reforço aos 15 meses e outro aos 4 anos, com a tríplice bacteriana, que pode ser aplicada até os 7 anos incompletos.

Outra estratégia utilizada na prevenção da coqueluche é vacinar todas as gestantes com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa). Esse imunizante deve ser administrado a cada gestação, a partir da 20ª semana e até, preferencialmente, 20 dias antes da data provável do parto.

A imunização também é indicada a profissionais e estagiários que atuam em serviços públicos e particulares na área da saúde, incluindo serviços ambulatoriais e hospitalares, nas áreas de ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, berçários e pediatria. Fazem parte do público-alvo, ainda, parteiras tradicionais, doulas e trabalhadores de creches e berçários que atendem a gurizada de até 4 anos.

Expansão no País

No ano passado, o Brasil teve 28 óbitos por coqueluche e mais de 7,1 mil casos, maior número em dez anos. Já a estatística de 2025 (dados atualizados até 7 de fevereiro) abrange 311 confirmações e três mortes – a já mencionada no Rio Grande do Sul e duas em Minas Gerais.

A faixa etária formada por menores de 1 ano representa 24% dos casos de coqueluche no Rio Grande do Sul no ano passado. Muitas crianças nessa idade ainda não estão protegidas pelo esquema vacinal completo. O falecimento ocorrido pela doença no Estado em 2024 teve como vítima uma criança nessa faixa etária e que residia em Camaquã.

O segmento de 10 a 14 anos representara 22,6% dos casos, índice que o torna a segunda faixa etária mais frequente. Tanto é assim que o desfecho fatal deste ano entre os gaúchos envolve um adolescente de 15 anos, morador de Horizontina e que possuía outras comorbidades.

Saiba mais

A coqueluche é uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria, a Bordetella pertussis. Sua principal característica são crises de tosse seca. Pode atingir, também, traqueia e brônquios. A transmissão se dá principalmente pelo contato com indivíduo doente, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou mesmo no simples ato de falar.

O período de incubação (tempo em que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção), é cinco a dez dias, em média. Mas pode variar de quatro a 21 dias ou, raramente, 42 dias.

A doença tem seu diagnóstico difícil em estágios iniciais, uma vez que os sintomas podem se parecer com resfriado e outras doenças respiratórias. A tosse seca é um forte indicativo, mas a confirmação pode depender de exames complementares, tais como coleta da secreção da nasofaringe, hemograma e raio-x de tórax.

(Marcello Campos)

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