Terça-feira, 04 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de março de 2025
Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense.
Foto: Umberto Nicoline/DivulgaçãoO escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant’Anna morreu na manhã dessa terça-feira (4), aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.
O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.
Nascido em Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas – além de Como andar no labirinto (2012), Tempo de delicadeza (2007) e Intervalo amoroso (1998).
Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.
Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.
Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.
Repercussão
Em nota, o Ministério da Cultura (MinC) lamentou a morte.
“Além de importante escritor, ele foi gestor público. Durante os anos de 1990 e 1996 foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), entidade vinculada ao MinC. Durante sua gestão, foi responsável por grandes ações de incentivo à leitura, como a criação do Sistema Nacional de Bibliotecas (SNBP) e o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER).
Relevante para a cultura brasileira, o escritor era mineiro e foi casado com a também escritora Marina Colasanti, que morreu em janeiro deste ano. Ele sofria de Alzheimer desde 2017 e estava acamado havia 4 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz, roteirista e diretora Alessandra Colasanti, além de um neto.
Como legado, o escritor deixa mais de 60 obras produzidas em seis décadas de intensa atuação. Lecionou literatura no exterior, dirigiu o departamento de letras da PUC-Rio, atuou como crítico literário, foi cronista de importantes jornais do Brasil.
O MinC lamenta a partida de Affonso Romano de Sant’anna e agradece sua enorme contribuição à nossa cultura.”