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Política Presidência de comissão para Eduardo vira prioridade no partido de Bolsonaro

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Segundo integrantes da bancada do PL, o atual líder da legenda declarou que, “com ou sem passaporte”, Eduardo será indicado.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Segundo integrantes da bancada do PL, o atual líder da legenda declarou que, “com ou sem passaporte”, Eduardo será indicado. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Após o PT acionar a Justiça para pedir a retenção do passaporte de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), parlamentares do PL afirmam que irão priorizar a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara para o deputado paulista.

Segundo integrantes da bancada do PL, o atual líder da legenda, Sostenes Cavalcante (RJ), declarou que, “com ou sem passaporte”, Eduardo será indicado para presidir o colegiado na Casa Legislativa.

O próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, pai de Eduardo, afirmou nas redes sociais que a iniciativa do PT para retirar o passaporte do deputado tem o objetivo de “criar um constrangimento” e impedir sua nomeação para a comissão.

PT articula estratégia

O PT já admite a possibilidade de abrir mão da Comissão de Educação como primeira opção entre os colegiados da Câmara dos Deputados, numa tentativa de evitar que Eduardo Bolsonaro assuma o comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O partido do presidente Lula também articula uma aliança com o PSDB ou outra sigla de centro para impedir que o bolsonarista ocupe o posto.

A Creden é a comissão responsável por representar a Câmara em organismos internacionais, além de debater e votar projetos relacionados à política externa e às relações diplomáticas do país.

A definição sobre quais partidos irão comandar as comissões da Câmara ocorrerá nas primeiras semanas de março. Como partido com a maior bancada, o PL tem prioridade na escolha e deve indicar nomes para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e para a Comissão de Saúde, que gerencia o maior volume de recursos.

Na sequência, o PT, segunda maior bancada, faz sua escolha. Inicialmente, o partido pretendia indicar um nome para a Comissão de Educação, mas pode optar pela Creden caso não haja um acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que um partido de centro assuma o colegiado.

Após a escolha do PT, o PL volta a indicar outra comissão, o que gera preocupação entre os petistas, já que Eduardo Bolsonaro pode pressionar para garantir essa terceira indicação.

“Os deputados do PT criam a narrativa, Alexandre de Moraes assume o caso sob o pretexto de ser mais um desdobramento do 8 de Janeiro e encaminha para que Paulo Gonet (PGR) aceite a investigação, disfarçando a perseguição pessoal”, declarou Eduardo Bolsonaro em entrevista ao canal “Programa 4 por 4”, no YouTube.

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