Domingo, 09 de março de 2025
Por Luiz Carlos Sanfelice | 7 de março de 2025
Capítulo XIII – Continuação… 14
Este é um Equipamento de alta tecnologia capaz de garantir e fornecer ar respirável para um usuário treinado, durante até duas horas de trabalho. Ele é equipado com um Cilindro de Oxigênio modelo Re-Respiratório.
O cilindro de oxigênio re-respiratório que se usa é do tipo chamado “Governado Pelo Pulmão” que automaticamente compensa pela demanda da respiração do usuário. Consta de um cilindro de oxigênio comprimido, relativamente pequeno, válvulas redutoras e reguladoras, dupla traqueia de entrada e saída, os cintos e e a carenagem que contêm esses elementos, acomodada nas costas do usuário.
A alta pressão do oxigênio do cilindro é reduzida ao nível respiratório por meio de uma válvula de redução e de regulação do fluxo, podendo, como opção, haver um pequeno fluxo constante, mas controlado por uma válvula que evita fluxo adicional ao requerido pela respiração do usuário.
O ar exalado retorno por um tubo que o leva ao removedor químico de dióxido de carbono e o devolve limpo a fluxo de oxigênio. O princípio da re-respiração permite a utilização mais eficiente do suprimento de oxigênio. O ar exalado contêm oxigênio e dióxido de carbono pois o corpo humano tira somente uma pequena parte do oxigênio inalado. Ao exalar dentro de circuito fechado, o dióxido de carbono é eliminado pela matéria química e cartucho especial e o oxigênio pode ser reusado.
Esta Máscara requer uma verificação e exame completo após cada uso, removendo o conteúdo químico, a carga do cilindro e manutenção geral de limpeza e desobstruções ocasionais.
É um equipamento que requer um especial treinamento para obter o melhor resultado e poder desfrutar de todo o tempo de uso previsto.
Capítulo XIV – Escolha e Definição do EPR adequado
Para início das definições e escolha dos equipamentos que serão usados na empresa como um todo ou nos locais que os levantamento e estudos indicarem como áreas de risco ou de possível risco, é absolutamente fundamental que os envolvidos no PPR conheçam e saibam do uso, existência, manipulação, produção de todos os produtos químicos usados na empresa, seu grau de periculosidade e o produto final. Não precisam saber as fórmulas e quantidades para a produção final, mas saber os produtos usados. Para isso os responsáveis pela Segurança do Trabalho e do Programa de Proteção Respiratória, devem, necessariamente, dominar os seguintes itens:
1.- Conhecer os Limites de Tolerância de cada Produto;
2.- Saber qual a concentração máxima esperada;
3.- Identificar as possibilidades de deficiência de oxigênio no ar;
4.- Saber qual a Concentração Imediatamente Perigosa à Vida;
5.- Quais as formas de identificação do poluente;
6.- Limitação da capacidade filtrante de filtros mecânicos e cartuchos;
7.- Qual Fator de Proteção (FP), de Segurança (FS) e Anatomia Morta;
8.- Testar a eficiência da selagem da peça facial;
9.- Testar a liberdade de movimentos;
10.- Frequência de uso: rotina, fuga ou emergência;
11.- Distinguir Filtro, Cartucho e Combinados;
12.- Limite, Uso e Aplicação de Cartuchos com janela;
13. Atenção com Elementos com densidade menor do o Ar;
14.- Saber qual o Volume de Massa filtrante e o Limite de concentração;
15.- Certificar-se de que o usuário esteja informado dos riscos;
16.- Como aplicar o treinamento ao usuário;
17.- Ter em mãos a tabela oficial dos Limites de Proteção.
Sempre, todos os tipos de máscaras e/ou respiradores devem ser testados de forma adequada e usados de acordo com as regulamentações oficiais.
Na próxima edição, a de nº 26, falaremos sobre o Treinamento de uso, sua importância, seu rendimento operacional e formas de acostumar o usuário com o uso sem que haja rejeição, revolta ou queda de produtividade.
(Luiz Carlos Sanfelice – lcsanfelice@gmail.com)
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