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Futebol CBF pede exclusão do Cerro Porteño após caso de racismo na Libertadores Sub-20 envolvendo jogadores do Palmeiras

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O atacante Luighi levou uma cusparada de um torcedor, denunciou xingamento de "macaco" ao árbitro da partida e chorou durante desabafo pós-jogo. (Foto: Reprodução)

Após ouvir a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou o pedido de punição aos torcedores e de exclusão do Cerro Porteño, do Paraguai, à Conmebol, pelo caso de racismo contra Luighi e Figueiredo, do alviverde, durante a partida da última quinta-feira (6) pela Libertadores Sub-20.

A entidade protocolou uma ação exclusiva e encaminhou a denúncia à Fifa para acompanhar o processo e pressionar por punições mais rigorosas. O documento de 29 páginas elaborado pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade da CBF cobra tolerância zero contra atos discriminatórios e exige severa punição esportiva aos torcedores e ao clube paraguaio.

A CBF e o Palmeiras alegam que o protocolo global não foi respeitado. Conforme o regulamento da Fifa válido desde 2019, os árbitros devem seguir o procedimento de três etapas do Código Disciplinar: exigir que a agressão pare nos alto-falantes do estádio; suspender o jogo até que cessem as agressões e, por fim, suspender a partida definitivamente.

“O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

No documento, a CBF argumenta que o futebol é um espaço de igualdade e respeito. Por isso, “a punição do Cerro Porteño e dos envolvidos não é apenas uma necessidade jurídica, mas uma obrigação moral e institucional, para que o combate ao racismo deixe de ser um discurso vazio e passe a ser uma realidade concreta”.

A entidade ressalta ainda que as sanções aplicadas não tem tido o efeito de coibir novos casos. “Frise-se que a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro”, diz a denúncia.

Punição severa

A presidente Leila Pereira falou sobre o caso de racismo contra os jogadores sub-20 do clube. A dirigente afirmou que vai solicitar a exclusão do time paraguaio da competição em razão do episódio, que ganhou repercussão com o desabafo do atacante Luighi na entrevista pós-jogo, que terminou com vitória do clube paulista por 3 a 0.

“Vamos até as últimas instâncias para que o Cerro Porteño e para que os racistas e criminosos sejam punidos de forma exemplar. Vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição porque não é a primeira vez que esse clube ataca nossos atletas e nossos torcedores. Em 2022, torcedores do Cerro ficaram imitando macacos para nossos torcedores e não aconteceu absolutamente nada. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macaco, e o Bruno Tabata foi punido por revidar a agressão”, afirmou ela.

Leila contou que tentou fazer contato com a Conmebol, sem sucesso, e adiantou que o pedido de punição já estava sendo elaborado pelos advogados do Palmeiras em colaboração com a CBF:

“Tentei falar com o presidente da Conmebol e não consegui. Foi desagradável, porque é um tema grave, não é a primeira vez que acontece, e a Conmebol está sendo displicente nesse caso. Não consegui falar com o Alejandro (Domínguez, presidente da Conmebol), falei por muito tempo com o presidente Ednaldo (da CBF) e ele se dispôs a nos ajudar. Colocou o corpo jurídico da CBF para trabalhar com o nosso e ver dentro da legislação o que poderá ser feito. Não vamos pedir a exclusão do Cerro só por esse caso, mas por fatos recorrentes. Nosso departamento está trabalhando nisso. Se não resolver na Conmebol, vai ser na Fifa.

Prazo

A Conmebol deu uma semana para o Cerro Porteño contestar a denúncia do Palmeiras pelo caso de racismo contra o atacante Luighi, ocorrido na última quinta-feira pela Copa Libertadores Sub-20.

“O processo está aberto na unidade disciplinar”, apontou um porta-voz da confederação à AFP.

Luighi levou uma cusparada na vitória por 3 a 0 sobre o Cerro, denunciou xingamento de “macaco” ao árbitro da partida e chorou no banco de reservas. O atacante chorou novamente na entrevista pós-jogo, quando falou do ocorrido.

Depois do episódio, a Conmebol divulgou um comunicado no qual ressaltou que “rejeita categoricamente todo ato de racismo ou discriminação de qualquer tipo” e anunciou que as “medidas disciplinares apropriadas serão implementadas”.

A diretoria do Cerro Porteño também se pronunciou e repudiou o incidente, mas o Palmeiras pediu a exclusão do clube paraguaio da competição. O clube paraguaio enviou, inclusive, uma carta para a presidente Leila Pereira.

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