Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 8 de março de 2025
Após ficar seis dias sob pressão intensa dos Estados Unidos para ceder a um cessar-fogo com a Rússia sob os termos ditados por Donald Trump, a Ucrânia vai voltar à mesa de negociações na próxima semana, quando representantes dos governos americano e ucraniano devem se encontrar na Arábia Saudita.
Os planos foram confirmados pelo presidente ucraniano Volodimir Zelenski e pelo enviado especial do governo americano para o Oriente Médio, Steve Witkoff. Segundo Witkoff, o encontro deve ser realizado na terça-feira (11), com a discussão de um “acordo de paz e um primeiro cessar-fogo”. A expectativa é que o ministro ucraniano da Defesa,Rustem Umerov, também esteja presente.
Zelenski disse que se reunirá um dia antes, na segunda-feira, com o príncipe saudita Mohammed bin Salman.
Na quinta-feira (6), em reunião com líderes europeus, Zelenski havia condicionado um cessar-fogo com a Rússia à suspensão dos ataques à infraestrutura civil e de energia ucraniana, assim como das operações militares no Mar Negro, além da libertação de prisioneiros de guerra.
Na ocasião, o líder ucraniano voltou a insistir em “garantias de segurança” – posição que, poucos dias atrás, atraiu a ira de Trump, frustrando negociações com os EUA e motivando a suspensão da ajuda militar americana. Alarmados, os europeus se prontificaram a oferecer essas garantias – mas também insistem em apoio americano em caso de emergência.
Na quinta, Witkoff disse que Trump estava satisfeito com o pedido de desculpas de Zelenski e seu empenho em assinar um acordo econômico para exploração americana de minerais críticos em solo ucraniano.
O governo Trump quer esse acordo econômico como contrapartida à ajuda dos EUA à Ucrânia na guerra, e o trata como primeiro passo rumo à paz na região.
Perguntado se o acordo será assinado na Arábia Saudita, Witkoff respondeu: “Acho que Zelenski se ofereceu para assiná-lo. Veremos se ele o fará.”
O próprio Trump anunciou a jornalistas nesta quinta-feira que deve viajar à Arábia Saudita para fechar um acordo de investimentos com o governo saudita que prevê, entre outros pontos, a venda de equipamentos militares americanos.
Se confirmada, será a primeira viagem internacional do presidente americano. Trump, contudo, não especificou uma data, dizendo que provavelmente viajaria em um mês e meio. As informações são do portal UOL.