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Geral Diante de Trump, Europa não tem outra alternativa a não ser armar-se

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Com a volta de Trump e o abalo na aliança transatlântica, a urgência é o rearmamento. (Foto: Reprodução)

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, classificou o atual momento como “decisivo para a Europa”, enquanto se encaminhava ao encontro de emergência convocado com os 27 chefes de governo do bloco. Diante do estremecimento das relações com os Estados Unidos sob Donald Trump, da ameaça de Vladimir Putin e da necessidade de apoiar a Ucrânia na guerra contra os russos, o desafio lógico dos europeus é como fortalecer seu setor de defesa. Desde o fim da Segunda Guerra, eles contaram com a proteção dos americanos, sob o guarda-chuva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Com a volta de Trump e o abalo na aliança transatlântica, a urgência é o rearmamento. O primeiro passo foi criar um fundo de financiamento.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi precisa ao declarar: “Gastar, gastar, gastar em defesa e dissuasão. Essa é a mensagem mais importante e, ao mesmo tempo, claro, continuar a apoiar a Ucrânia, porque queremos paz na Europa”. Antes de se dirigir a Bruxelas, o presidente francês, Emmanuel Macron, fez pronunciamento em rede nacional. Não economizou palavras ao descrever a Rússia como “ameaça” à França e à Europa: “viola nossas fronteiras para assassinar opositores, manipula as eleições na Romênia e Moldávia”, “organiza ataques digitais contra nossos hospitais” e “tenta manipular nossas opiniões com mentiras difundidas nas redes sociais”.

Respondendo a chamado de Friedrich Merz, vencedor das eleições que negocia a formação do novo governo alemão, Macron reafirmou a intenção de usar o arsenal nuclear francês para proteger os aliados europeus. Merz disse que a Alemanha “fará o que for preciso” para defender a paz e a segurança na Europa. Ele pretende mudar o atual teto de gastos para aumentar as despesas com defesa. A proposta deverá ser votada no Parlamento alemão nos próximos dias. Se aprovada, dará novo impulso à maior economia da Europa. Empresas alemãs já se preparam para ampliar a produção e a venda de armas.

O debate sobre a segurança europeia vem fermentando desde o primeiro mandato de Trump. Ele sempre insistiu para que os integrantes da Otan gastassem mais com a própria defesa. Desde sua volta ao poder, porém, o embate ganhou outra dimensão. Trump abriu negociações com a Rússia para pôr fim à guerra, sem a participação de europeus nem de ucranianos. Depois da altercação com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, cortou ajuda militar ao país.

É evidente que Trump tem agido de acordo com os interesses russos. Sua intenção de anexar a Groenlândia e taxar importações europeias completa o quadro de animosidade. Putin, fortalecido, é uma ameaça óbvia à paz não apenas na Ucrânia, mas em toda a Europa. Macron resumiu o sentimento predominante ao dizer: “Quero acreditar que os Estados Unidos ficarão ao nosso lado, mas temos de estar prontos para que isso não aconteça”. O novo armamentismo traz riscos de que o conflito se amplie, mas para a Europa não há outra alternativa. (O Globo)

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