Sexta-feira, 14 de março de 2025
Por Redação O Sul | 13 de março de 2025
Evento destacou soluções para os desafios climáticos e agronômicos da triticultura. (Foto: Divulgação/Exp. Cotrijal)
Foto: Divulgação/Exp. CotrijalO 10º Fórum do Trigo foi realizado , no Auditório Central da Expodireto Cotrijal 2025. A abertura do evento foi marcada por discursos do Secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), Clair Tomé Kuhn, do Superintendente de Produção Vegetal da Cotrijal, Gelson Melo de Lima e do Gerente de Relações Institucionais e Sindical do Sistema Ocergs/RS e Coordenador da Câmara Setorial do Trigo, Tarcisio Minetto. O fórum ocorreu na quarta-feira (12).
“Realizar um momento como este durante a feira é uma grande oportunidade de refletir e debater como posicionar a triticultura no estado”, destacou Gelson de Lima.
Clair Kuhn frisou a importância da Expodireto Cotrijal, de onde “saem pesquisas e estudos que são adotados pelo Estado”. Ele falou sobre a busca pela securitização, assunto da Audiência Pública do Senado que acontece na sexta-feira (14).
Redução dos impactos negativos A programação seguiu com a palestra de Tiago de Andrade Neves Horbe, pesquisador da CCGL, que abordou o posicionamento da Rede Técnica Cooperativa (RTC) para minimizar os impactos negativos das adversidades climáticas na produção de trigo na região Sul do Brasil.
“Independentemente das frustrações, o plantio da soja segue crescendo, mas o trigo é protagonista”, salientou o pesquisador. Ele expôs que o trigo, diferente da soja, normalmente sofre pelo excesso de água e não pela escassez.
Para Horbe “o que define o potencial produtivo na lavoura é a cultivar e a época da semeadura” por isso, a dificuldade do estado está associada a imprevisibilidade do clima, “o trigo precisa ter cuidado com a chuva e a geada, por isso muitas vezes os resultados são diferentes” salientou o pesquisador.
O milho superprecoce, precoce e médio tem resultados diferentes em cada ano, a depender também dos cenários dos fenômenos La Niña e El Niño. Por isso, segundo Horbe, é necessário uma “gestão de risco para o cenário e traçar estratégias agronômicas e métricas que auxiliem no manejo do solo para rentabilizar a cultura”. Um dos momentos considerados mais críticos é o da transição entre soja e trigo, em que poucos dias podem fazer a diferença no solo.