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Política Inquérito do golpe: advogados de denunciados percorrem gabinetes do Supremo antes de julgamento

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O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu ritmo acelerado ao Supremo

Foto: Gustavo Moreno/STF
O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu ritmo acelerado ao Supremo. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro e do general Walter Braga Netto fizeram um périplo pelos gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de a corte marcar a data do primeiro julgamento do inquérito do golpe, no próximo dia 25. Entre os encontros, Celso Vilardi e José Luis de Oliveira Lima foram recebidos pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

O ministro Cristiano Zanin, à frente da Primeira Turma, que julgará neste mês se investigados incluídos no núcleo 1 da denúncia se tornarão réus, também foi visitado. O objetivo dos advogados era pedir respeito ao direito de defesa dos investigados e acesso integral aos autos do processo.

No diálogo com Zanin, por exemplo, José Luis de Oliveira Lima lembrou que o magistrado já esteve do outro lado, ao advogar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no processo da Lava Jato, e que sabe a importância de garantir o absoluto direito de defesa, para não haver nenhuma mácula no julgamento.

Lima teve audiência com praticamente todos os ministros, a exceção foi Cármen Lúcia, com quem não confirmou agenda.

O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu ritmo acelerado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 aliados se tornarão réus no inquérito do golpe. Menos de cinco horas depois de receber a manifestação da Procuradoria-Geral da República, ontem, ele liberou o caso para julgamento na 1ª Turma. A data foi marcada em seguida pelo ministro Cristiano Zanin: 25 de março.

A velocidade surpreendeu magistrados e a defesa de investigados que falaram com a Coluna do Estadão. Agora, a expectativa entre eles é que a ação penal – etapa seguinte do processo que decide condenações e penas como prisão – seja concluída entre setembro e dezembro, para não entrar no ano eleitoral de 2026.

Para a Procuradoria, Bolsonaro e sete aliados integram o “núcleo crucial” da “organização criminosa” que tentou dar um golpe de Estado no País em 2022.

Fazem parte da Primeira Turma do STF, responsável por julgar o caso, os ministros Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. Atualmente, o colegiado vem fazendo um julgamento a cada duas semanas. Uma possibilidade é que a turma passe a fazer duas sessões por semana, para dar conta do volume de processos criminais do inquérito do golpe. A decisão cabe a Zanin, que preside a turma. (Roseann Kennedy/Estadão Conteúdo)

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