Por Redação O Sul | 16 de março de 2025
Gilberto Gil dedicou o show de estreia da última grande turnê de sua carreira, batizada de “Tempo rei”, no sábado (15), na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), à filha Preta Gil. A cantora, que batalha contra o câncer, na véspera, havia saído da UTI de um hospital particular da cidade após infecção nos rins, assistiu à apresentação em um camarote do estádio.
“Esse show é para todos nós que estamos aqui, mas, principalmennte, para a minha filha Preta, que está sentadinha ali. Uma música para a senhora”, disse Gil, antes de cantar “Drão”, canção que compôs para Sandra Gadelha, mãe de Preta.
O cantor e compositor de 82 anos surgiu em cena, exibindo um vigor impressionante em 2h20 de um show que emocionou o estádio lotado de mais de 40 mil pessoas. Passou a maior parte do tempo em pé, com o violão na mão e cantou sua trajetória de forma cronológica, enaltecendo os estilos e ritmos que compõem sua vasta obra, como o forró, o rock, o samba, as canções de amor.
Gil começou com “Palco”, emendou com “Banda um” (atendendo a um pedido da mulher Flora, que fez campanha para a canção entrar no set list) e “Tempo rei”.
Acompanhando por 16 músicos, Gil apresentou arranjos renovados para a maioria das 29 canções interpretadas, seguiu a apresentação de forma cronológica e também incluiu músicas de outros compositores.
O momento mais intimista foi quando Gil puxou uma cadeira e se sentou para interpretar “Se eu quiser falar com Deus”, “Drão”, “Estrela” e “Esotérico”.
A animação foi retomada na reta final com “Expresso 222” e “Andar com fé”. Russo Passapusso, vocalista do BaianaSystem, surgiu de surpresa para engrossar o coro na hora de “Emoriô”. Assim como a atual Ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou de “Toda menina baiana”. O encerramento foi ao som de “Esperando na janela” e “Aquele abraço”, com direito a sambadinha marota de Gil.
