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Política Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas é acionado por bolsonaristas para buscar apoio do partido Republicanos à anistia dos envolvidos no 8 de Janeiro

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Governador paulista defendeu bandeira da anistia em ato esvaziado em Copacabana, no domingo (16). (Foto: Reprodução de vídeo)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi escalado pelo bolsonarismo para conversar com parlamentares da sigla presidida por Marcos Pereira, a fim de tentar fechar o apoio da sigla ao projeto de lei que anistiaria os presos pelos atos golpistas de 8 de Janeiro.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido de Bolsonaro na Câmara, diz ter pedido a Tarcísio, durante o protesto bolsonarista em Copacabana, neste domingo, o apoio para que deputados do Republicanos apoiem a agenda bolsonarista. Cavalcante diz já ter o apoio de 260 deputados, mas que busca o “quórum de PEC”, ou seja, 60% dos votos da Câmara. A bancada do Republicanos tem 44 deputados.

“Eu, pessoalmente, conversei com Tarcísio, pedi ajuda dele, ontem na manifestação. Ele disse que vai ajudar, que vai conversar com Marcos Pereira inclusive”, afirmou Sóstenes ao jornal O Globo

Pereira, no entanto, afirmou que não foi procurado pelo governador de São Paulo, que embarcou nessa segunda-feira (17) para Londres em viagem oficial. Tarcísio deve voltar ao Brasil apenas na quinta (20).

“Não estou tratando disso (apoio ao PL da Anistia). Quem trata é o líder da bancada do partido na Câmara”, disse Pereira.

O Republicanos, hoje, ocupa o Ministério dos Portos e Aeroportos, com o ministro Sílvio Costa Filho, e faz parte da base aliada de Lula. Uma posição pró-anistia dos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, portanto, poderia colocar a sigla em rota de colisão com o governo federal.

Sóstenes diz que, se Pereira não tratar sobre o tema com Tarcísio, o governador conversará diretamente com os líderes do partido, mas que o apoio da sigla não é indispensável.

“Já temos os votos para aprovar (o PL) independentemente da posição do Republicanos. No máximo em três semanas podemos votar. Nesta quinta-feira, já vou apresentar ao colégio de líderes pedindo urgência. Se o Republicanos não quiser apoiar, não tem problema. A gente gostaria do apoio porque quero ter uma votação de quórum de PEC, esse é o objetivo”, afirma Cavalcante.

O deputado estadual Gilmaci Santos, líder do governo Tarcísio na Assembleia Legislativa de São Paulo, afirma que há consenso no partido em São Paulo sobre apoiar a pauta da anistia, mas que o movimento deverá enfrentar resistência do grupo político do ministro Sílvio Costa Filho, que é deputado federal licenciado.

A pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio compareceu ao ato esvaziado da oposição em Copacabana. O governador, que até então buscava manter uma posição política moderada em relação ao bolsonarismo mais radical, subiu ao caminhão de som e discursou a favor da anistia.

Tarcísio classificou os réus do 8 de Janeiro como “inocentes que receberam penas desarrazoadas” em julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF), embora tenha evitado mencionar o nome de ministros da corte.

“O que eles (os participantes do 8 de Janeiro) fizeram? Usaram batom? Num país onde todo dia a gente assiste traficantes indo para a rua, onde os caras que assaltaram o Brasil, que assaltaram a Petrobras, voltaram para a cena do crime, para a política, foram reabilitados. Está certo isso? Parece haver justiça nisso? Então é correto que a gente garanta a anistia para aqueles inocentes que nada fizeram. Vamos lutar e garantir que esse projeto seja pautado e aprovado”, disse Tarcísio durante o evento.

Ao menos 225 pessoas tiveram as suas condutas classificadas como graves e foram condenadas por crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, segundo balanço do STF apresentado em janeiro deste ano. Os condenados receberam penas que variam de três a 17 anos e meio de prisão. O núcleo foi julgado como o mais diretamente envolvido na invasão e destruição dos prédios do Congresso, do Planalto e do Supremo, em Brasília. (O Globo)

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