Quinta-feira, 20 de março de 2025

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Política Nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro fala em “asilo político” e promete lutar por “punições” a ministro do Supremo

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Eduardo se diz vítima de perseguição do ministro Alexandre de Moraes.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Eduardo se diz vítima de perseguição do ministro Alexandre de Moraes. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em vídeo nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) informou que não voltará de sua viagem aos Estados Unidos, onde está há mais de uma semana. Ele se definiu como “exilado político” e disse que se licenciará do mandato para se dedicar “à busca de “punições aos violadores de direitos humanos”, incluindo nessa categoria o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu abdico temporariamente dele [mandato], para seguir bem, representando esses milhões de irmãos de pátria, que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, afirmou o parlamentar.

O deputado federal, que está no país da América do Norte desde a posse de Donald Trump, destacou que “nunca” imaginou que não retornaria mais para casa.

“Nunca imaginei que eu faria uma mala de 7 dias para não mais retornar para minha casa, mas, hoje, vejo com clareza que Deus está me mostrando o caminho. Tenho certeza de que o meu eleitor também entende que o meu trabalho, nesse momento, é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil”, completou.

“Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos”, pontuou.

O ex-presidente Jair Bolsonaro se emocionou, ao comentar a decisão do filho, e afirmou que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, “vai abraçá-lo”.

“Para que o mal vença, basta que os bons se omitam. Hoje está sendo um dia marcante para mim. […] No momento, ele [Trump] continuará abraçando o meu filho”, disse o ex-presidente em coletiva no Senado Federal, durante inauguração do Memorial do Holocausto.

“Hoje está sendo um dia marcante para mim. (Com) o afastamento de um filho, que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. (Ele) se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança sobre o nosso País”, declarou aos presentes, emocionado.

O ex-presidente fez acenos ao seu eleitorado evangélico ao dizer que o “exemplo de Israel está vivo em nossos corações” e que “sempre esteve ao lado de Deus”. Mandou um abraço ao premiê israelense por meio do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, e lembrou o fato de Trump ter cumprimentado o seu filho Eduardo durante uma conferência de extrema direita nos Estados Unidos.

A comparação do Brasil, governado por um partido de esquerda, com a ideologia de extrema direita que dominou a Alemanha nazista da década de 1930 foi feita também por Eduardo.

Também disse ser alvo de perseguição, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e chamou a Polícia Federal de “Gestapo”, polícia secreta da Alemanha nazista(1933-1945).

Minutos após o anúncio, na entrevista ao canal no YouTube, Eduardo afirmou que sua atuação nos Estados Unidos passa por advogar “a favor de eleições limpas e justas” – apesar de o governo Bolsonaro ter se empenhado em detectar qualquer fraude no sistema eleitoral brasileiro e não conseguido encontrar nada.

Caso a licença solicitada por Eduardo Bolsonaro ultrapasse o período previsto no regimento, a Mesa Diretora convocará o segundo suplente do PL em São Paulo, Missionário José Olímpio, que obteve 61.938 mil votos.

“Aqui, poderei focar em buscar as justas punições que Alexandre de Moraes e a sua Gestapo da Polícia Federal merecem”, disse.

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