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Economia Fundo de pensão do Banco do Brasil afrouxa indicações para conselhos – um afago a Lula e um risco ao País

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Os novos critérios facilitam a indicação de representantes de sindicatos, de integrantes de associações e até de pessoas sem experiência. (Foto: Reprodução)

A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil (BB), afrouxou as regras de nomeação para cargos executivos em conselhos fiscais e de administração de grandes companhias nas quais investe o dinheiro de seus cotistas.

Os novos critérios facilitam a indicação de representantes de sindicatos, em que o lulopetismo reina, de integrantes de associações e até de pessoas sem experiência.

As regras que servem de orientação para decidir quem vai ocupar esses cargos muito bem remunerados são publicadas anualmente em edital. Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula da Silva, as regras herdadas de gestões anteriores foram mantidas, o que garantia pontuações maiores a candidatos com formação em áreas como Economia, Administração e Direito, além de experiência profissional em cargos de direção e conselhos.

Mas, desde o ano passado, as coisas mudaram bastante, com o estabelecimento de parâmetros mínimos de formação, como uma graduação qualquer. Além disso, os editais mais recentes equipararam passagens por postos de direção em sindicatos, associações e federações a experiências em cargos na própria Previ e em empresas.

Essas regras, por óbvio, abriram caminho para o aparelhamento desses conselhos pela companheirada. É por isso que sindicalistas passaram a integrar as altas instâncias da Vale, da Gerdau e da Neoenergia. Novas indicações serão feitas neste ano, quando mais de 60 cargos deverão ser preenchidos e, em breve, será possível medir o impacto dessa flexibilização.

A Previ parece estar a serviço do governo para que as indicações nessas empresas atendam às expectativas do presidente Lula da Silva, num processo de corrosão de medidas de governança que foram implementadas justamente para assegurar transparência e eficiência ao fundo. E não é novidade para ninguém que o governo de Lula quer ter ascendência sobre companhias privadas, haja vista que essa tentativa de intervenção já ocorreu na Vale, quando Lula tentou interferir no processo de escolha do novo presidente da empresa.

No caso dos fundos de pensão, a falta de profissionalismo na governança já se mostrou muito perigosa num passado recente. Recorde-se que os Correios e a Petrobras tiveram de cobrir prejuízos em seus fundos de pensão (Postalis e Petros, respectivamente) depois que estes realizaram investimentos arriscados, alinhados aos projetos lulopetistas. Esse histórico foi um dos motivos que levaram o Tribunal de Contas da União (TCU) a autorizar a abertura de uma auditoria para apurar perdas de R$ 14 bilhões na Previ, com o temor de desfalque para o patrocinador, o Banco do Brasil.

Com mais de R$ 270 bilhões sob sua gestão, a direção da Previ reforça com tudo isso seu alinhamento ao lulopetismo, ao dar ao governo federal poder de influência na escolha de nomes para colegiados de negócios estritamente privados. E, para piorar, esse movimento se dá com o dinheiro dos funcionários e dos aposentados do Banco do Brasil, e em detrimento de seus interesses, ameaçando suas economias.

Sobram motivos para preocupação com tantos riscos. E nada disso é bom, nem para a Previ, nem para o BB, nem para o Brasil. (Opinião/Estadão Conteúdo)

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