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Política Apesar de falas de seu presidente, Ciro Nogueira, setores do Progressistas defendem que o partido continue com ministério no governo Lula

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Presidente do partido defendeu em falas recentes o desembarque do partido do ministério. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Apesar das falas públicas do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), de que o partido deveria desembarcar do governo Lula, dirigentes da legenda defendem, de forma reservada, que a sigla precisa seguir à frente do Ministério do Esporte para manter um diálogo aberto com o Palácio do Planalto.

O PP integra o grupo conhecido como Centrão, bloco informal de partidos que não são totalmente alinhados à esquerda nem à direita. Assim, a legenda é composta por parlamentares que apoiam o governo e, ao mesmo tempo, por parlamentares que fazem oposição.

Ao longo dos últimos anos, a sigla comandou ministérios, por exemplo, nos governos Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e, agora, no governo Lula.

Ex-aliado de Dilma, o presidente do partido, Ciro Nogueira, foi ministro da Casa Civil de Bolsonaro e costuma fazer críticas públicas ao governo Lula. Costuma dizer que o fato de o deputado André Fufuca (PP-MA) comandar o Ministério do Esporte é uma decisão pessoal do atual presidente da República, não do partido – Fufuca é aliado do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Para um articulador do partido no Congresso, “não faz sentido” o PP desembarcar do governo Lula e entregar o Ministério do Esporte.

Afirma, de forma reservada, que a legenda hoje tem diálogo com o Palácio do Planalto; que integrantes do partido são recebidos nos ministérios e têm seus pleitos atendidos; e que parlamentares são chamados a contribuir com algumas propostas em tramitação no Congresso.

Acrescenta esse dirigente que, na prática, se o PP decidir ser oposição e ter comportamento “igual ao do PL”, vai “fechar portas” e pode se prejudicar.

“Os deputados vão ficar presos no mandato e não vão conseguir nada assim”, afirmou.

Eleição de 2026

Internamente, o partido também se divide sobre as futuras eleições de 2026. Há alas que defendem o embarque em uma candidatura de centro à presidência da República.

Nesse cenário, a possível federação com o União Brasil privilegiaria o passe da aliança no balcão de apoios.

Para isso, dizem, o partido não abrirá ou tenderá a qualquer um dos lados, fazendo acenos tanto à oposição quanto ao governo.

Há uma avaliação de que a medida vai potencializar a presença da sigla em qualquer discussão eleitoral.

Dirigentes do PP sinalizam que há uma tendência de que o partido esteja alinhado com o Republicanos no próximo pleito. Isso refletiria a predileção e a defesa pública de Ciro Nogueira a uma candidatura ao Planalto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). (Portal G1)

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