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Política Mesmo com Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Deputados afirma que não existem exilados políticos no Brasil

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Declaração de Hugo Motta ocorreu um dia após Eduardo Bolsonaro decidir ficar nos EUA. (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, durante evento comemorativo aos 40 anos de redemocratização do Brasil, que não existem hoje perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos no País.

A declaração veio no contexto de uma série de discussões sobre a situação política atual, especialmente após o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se licenciar do cargo e decidir morar nos Estados Unidos. Eduardo justificou sua decisão alegando ser vítima de perseguição política no Brasil.

“Nos últimos quarenta anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais”, declarou Hugo Motta, ressaltando o avanço democrático do país desde a redemocratização e destacando que, atualmente, as liberdades estão asseguradas.

O presidente da Câmara também citou uma frase do ex-deputado Ulysses Guimarães para reforçar sua mensagem: “Como muito bem disse o Dr. Ulysses, ‘Todos os nossos problemas procedem da injustiça.’ Portanto, é dever desta Casa e de todos os brasileiros estarmos sempre atentos para combater as injustiças. Sem nunca esquecer que a maior de todas as injustiças é privar um povo de sua liberdade”. A declaração de Motta foi uma defesa da democracia e das liberdades individuais, enfatizando a importância da vigilância contra qualquer forma de repressão.

Enquanto isso, em um vídeo divulgado nas suas redes sociais, o deputado Eduardo Bolsonaro justificou sua decisão de se exilar nos Estados Unidos, alegando que ele e seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, estão sendo alvo de perseguição política no Brasil. Ele mencionou a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar sua prisão. Eduardo afirmou que permanecerá nos EUA para “lutar” pela anistia aos presos pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, e que só retornará ao Brasil quando Moraes for punido por “abuso de autoridade”.

O cenário descrito por Eduardo Bolsonaro tem gerado controvérsias e debates sobre os limites da liberdade política e as acusações de perseguição contra membros da oposição, refletindo o clima tenso que marca a política brasileira nos últimos anos. (O Globo)

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