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Política Parlamentares aproveitaram a sessão na Câmara dos Deputados em comemoração dos 60 anos do Banco Central para pedir a redução dos juros no País

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Sessão contou com a presença do presidente da autarquia, Gabriel Galípolo. (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Parlamentares aproveitaram uma sessão na Câmara dos Deputados em comemoração dos 60 anos do Banco Central (BC), na terça-feira (1°), e que contou com a presença do presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, para pedir a redução dos juros no País. Enquanto os convidados que compunham a mesa exaltavam a importância da autoridade monetária, deputados foram à tribuna reclamar do nível da Selic, hoje em 14,25%.

“Eu venho em nome do povo brasileiro dizer a vocês que não aceitamos essa taxa de juros, que não concordamos, e que os fundamentos estão equivocados”, disse o deputado Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR). “O que o Brasil quer? Imediatamente, derrubar essa taxa de juros pelo menos à metade. É inaceitável, presidente Galípolo, você seguir a mesma metodologia do Roberto Campos (Neto, ex-presidente do BC, indicado por Jair Bolsonaro)”, disse.

Em março, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, e sinalizou uma nova alta, de menor magnitude, na reunião de maio. “Vocês são responsáveis pelo retrocesso econômico do Brasil”, disse Hauly.

Outros parlamentares fizeram críticas semelhantes, embora em tom mais ameno. Mauro Benevides Filho (PDT-CE) lembrou que, desde 1999, os resultados primários foram insuficientes para reduzir a dívida pública, que responde à taxa Selic. E disse que governo e Congresso têm contribuído para o ajuste fiscal. “Então, eu acho que o BC, data venia, meu querido presidente e amigo Galípolo, eu acho que o Copom precisa dar uma examinada, e aí só o desabafo final”, disse.

O ex-presidente do BC e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles saiu em defesa da autoridade monetária após a fala de Hauly. “Todos gostaríamos de ter o Brasil com uma inflação controlada e também uma taxa de juros que pudesse estar de acordo com outro país. E isso não é simplesmente uma vontade da autoridade monetária. É uma realidade central, tem de ter ideias técnicas de proteção, e ele tem como responsabilidade fundamental manter a inflação próxima ou na meta idealmente”, disse Meirelles. “Presidente Gabriel, parabéns pela sua gestão, pela sua atitude corajosa, exatamente de tomar as medidas certas, colocando os juros onde têm de estar para o controle da inflação”, completou Meirelles.

O ex-presidente da autarquia e hoje representante-chefe do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para as Américas, Alexandre Tombini, disse que, em meio à grande incerteza internacional, é importante ter “uma instituição sólida, com uma equipe sólida”. “Para transitar num ambiente desse, nada mais importante do que uma instituição sólida como o Banco Central do Brasil”, disse ele, elogiando Galípolo e o corpo funcional do BC.

Dinamismo

Galípolo disse que o Banco Central precisa comunicar essas decisões de política monetária de uma maneira que as pessoas entendam. Segundo o presidente do BC, em outros países, também o setor financeiro não entende por que, mesmo com taxas altas, a economia brasileira ainda consegue manter o dinamismo. Ou seja, por que são necessárias doses tão altas de juros para controlar a inflação.

“Alguns grupos conseguem exceções para pagar menos, enquanto uma grande maioria é obrigada a pagar mais em compensação. Nós temos uma série de subsídios cruzados, perversos e regressivos na sociedade brasileira. E talvez para nós, do Banco Central, esses ônus e bônus, essas trocas, sejam mais evidentes”, disse.

Galípolo disse, porém, que seu compromisso com a meta de inflação é “inabalável” e que o desafio da instituição é a comunicação fundamentada das suas decisões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e da Agência Câmara de Notícias.

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