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Mundo Maiores manifestações contra Trump desde o seu retorno à Casa Branca reúnem milhares nos Estados Unidos e no exterior

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Manifestantes protestaram em defesa dos parques nacionais, direito ao aborto e contra a deportação de migrantes legais. (Foto: Reprodução)

Milhares de pessoas se reuniram no último sábado (6) no National Mall, em Washington, e em outras cidades dos Estados Unidos e do exterior para protestar contra as políticas do governo de Donald Trump, marcando as maiores manifestações desde seu retorno à Presidência, em janeiro. Não faltaram causas para os manifestantes que se reuniram desde cedo em cidades e vilarejos espalhados pelo país, com atos programados nos 50 Estados.

Os manifestantes saíram em defesa dos parques nacionais e dos pequenos negócios, da educação pública e da assistência médica para veteranos, dos direitos ao aborto e das eleições justas. Eram contra tarifas e oligarcas, dinheiro obscuro em campanhas e o fascismo, além da deportação de migrantes legais e até mesmo contra o Departamento de Eficiência Governamental (Doge), liderado pelo bilionário Elon Musk.

A mobilização, chamada “Hands Off!” (Tirem as Mãos, em tradução livre) ocorre no momento em que Trump tem agido de maneira agressiva para punir pessoas e instituições que considera desalinhadas com sua agenda. Os protestos foram organizados por grupos como Indivisible, MoveOn e outros que lideraram manifestações em prol de direitos reprodutivos, contra a violência armada e por justiça racial durante o primeiro mandato do presidente republicano (2017-2021).

Agora, segundo os organizadores, a intenção era dar ênfase a temas ligados à economia, como saúde pública e a Previdência Social, com a mensagem de que Trump está dificultando a vida do americano comum enquanto beneficia seus amigos mais ricos. Desta vez, os organizadores optaram por se afastar de grandes manifestações, como a Marcha das Mulheres de 2017 em Washington, para priorizar encontros locais.

“É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com o nosso governo, e todos os pesos e contrapesos que foram instituídos estão sendo completamente atropelados. Tudo, desde o meio ambiente até os direitos individuais”, disse Jane Ellen Saums, de 66 anos, afirmando estar “consternada” ao ver o governo Trump desmontando instituições democráticas já consolidadas nos Estados Unidos.

Trump irritou muitos ao agir de forma agressiva para reduzir o tamanho do governo, impor unilateralmente seus valores e pressionar duramente até países aliados sobre fronteiras e acordos comerciais. Em um indício de que o ressentimento também é global — e que foi intensificado por seu anúncio na quarta-feira de tarifas amplas contra dezenas de países —, manifestantes também saíram às ruas em diversas capitais europeias.

“O que está acontecendo nos Estados Unidos é problema de todos”, disse Liz Chamberlin, cidadã britânico-americana que vive na Inglaterra, durante um protesto em Londres. “É uma loucura econômica. Ele vai nos empurrar para uma recessão global.”

Muitos democratas estão indignados com o fato de seu partido, atualmente minoria nas duas casas do Congresso, parecer impotente diante das ações agressivas de Trump. No National Mall, a poucos quarteirões da Casa Branca, milhares de manifestantes se reuniram para ouvir oradores como o deputado Jamie Raskin, democrata que atuou como gestor do impeachment durante o segundo processo contra Trump.

“Eles acordaram um gigante adormecido, e ainda não viram nada”, disse o ativista Graylan Hagler, de 71 anos, à multidão. “Nós não vamos nos sentar, não vamos ficar calados e não vamos desaparecer.”

Um protesto da Marcha das Mulheres logo após a primeira eleição de Trump, em 2016, reuniu cerca de meio milhão de pessoas em Washington. Os organizadores da manifestação mais recente na capital previam uma participação de 20 mil pessoas, mas afirmaram neste sábado que o número parecia ser bem maior.

Apesar do ressentimento crescente entre muitos americanos, a Casa Branca minimizou os protestos. Em uma declaração à Associated Press sobre os protestos, o governo disse que “a posição do presidente Trump é clara: ele sempre protegerá a Previdência Social, o Medicare e o Medicaid para beneficiários qualificados. Enquanto isso, a posição dos democratas é dar benefícios da Previdência Social, Medicaid e Medicare para estrangeiros ilegais, o que levará esses programas à falência.” (Com informações da AFP e New York Times)

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