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Saúde Excesso de celular para crianças: sedentarismo, ansiedade e depressão

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Horas prolongadas diante de telas podem fazer com que as crianças se afastem do mundo real. (Foto: EBC)

O uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode afetar a saúde física, mental e emocional das crianças, comprometendo habilidades sociais, desempenho acadêmico e bem-estar geral.

Segundo Gesika Amorim, pediatra pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento, “a exposição constante a estímulos digitais pode sobrecarregar o cérebro infantil, resultando em dificuldades de concentração em atividades cotidianas, como leitura e estudos. Essa sobrecarga pode levar a um desempenho acadêmico inferior e a uma menor capacidade de resolver problemas e enfrentar a realidade”.

Horas prolongadas diante de telas podem fazer com que as crianças se afastem do mundo real, criando uma preferência por ambientes virtuais. Isso pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, uma vez que interações online não substituem o contato pessoal necessário para a compreensão de expressões faciais e linguagem corporal.

Gesika ainda traz um alerta: “Pode parecer inocente que uma criança passe horas brincando com joguinhos, para se distrair, inclusive sendo motivado pelos pais, fazendo com que a criança fique quieta em um canto da sala ou no seu quarto. Porém, esse hábito acaba sendo muito prejudicial às crianças, ainda que esses joguinhos pareçam instrutivos, ensinando como montar coisas, mas isso é ilusório, apesar da sensação de conquista, ela está apenas usando os dedos para construir uma casa em um mundo digital. Essa mesma criança não vai conseguir desenhar uma casa ou montar com Lego, muito menos construir algo mais elaborado”.

O uso excessivo de telas está associado a diversos efeitos adversos na saúde das crianças:

* Sedentarismo: A redução da atividade física pode resultar em ganho de peso e problemas de saúde, como obesidade e diabetes.

* Distúrbios do sono: A exposição à luz azul emitida por dispositivos eletrônicos pode interferir nos padrões de sono, causando insônia e fadiga.

* Problemas visuais: Longos períodos em frente a telas podem provocar fadiga ocular, visão embaçada e dores de cabeça.

* Ansiedade e depressão: O uso excessivo de redes sociais e jogos está ligado ao aumento de níveis de ansiedade e depressão, devido à pressão para se adequar a padrões irreais e à constante comparação com os outros.

“Atividades ao ar livre e brincadeiras criativas são essenciais para o desenvolvimento cognitivo infantil. O tempo excessivo dedicado a dispositivos digitais pode limitar oportunidades de exploração e imaginação, tornando as crianças mais passivas e menos propensas a criar suas próprias brincadeiras”, afirma Gesika Amorim.

Para mitigar os efeitos negativos das telas, especialistas sugerem que pais e responsáveis adotem as seguintes medidas:

* Estabelecer limites de tempo: Definir horários específicos para o uso de dispositivos eletrônicos, incentivando pausas regulares e atividades offline.

* Oferecer alternativas saudáveis: Promover brincadeiras ao ar livre, leitura, esportes e atividades artísticas.

* Participação ativa: Acompanhar o uso da tecnologia pelas crianças, selecionando conteúdos educativos e participando das atividades digitais junto com elas.

* Estimular interações sociais: Incentivar encontros presenciais com amigos e familiares para desenvolver habilidades sociais e emocionais.

“A conscientização sobre os impactos do uso excessivo de telas é fundamental para criar um ambiente equilibrado que promova o desenvolvimento saudável das crianças. Ao implementar práticas que limitam o tempo de exposição e incentivam atividades diversificadas, é possível assegurar um crescimento mais harmonioso e pleno para os pequenos”, finaliza Gesika.

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https://www.osul.com.br/excesso-de-celular-para-criancas-sedentarismo-ansiedade-e-depressao/ Excesso de celular para crianças: sedentarismo, ansiedade e depressão 2025-04-06
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