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Mundo China publica vídeo de ex-presidente americano para provocar Trump

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No vídeo, Reagan critica a defesa das tarifas como uma medida patriótica para proteger empregos.

Foto: Reprodução
No vídeo, Reagan critica a defesa das tarifas como uma medida patriótica para proteger empregos. (Foto: Reprodução)

A Embaixada da China nos Estados Unidos publicou, nesta segunda-feira (7), um vídeo de 1987 em que o ex-presidente americano Ronald Reagan critica a imposição de tarifas sobre importações. Assim como o atual presidente, Donald Trump, Reagan era do Partido Republicano.

A publicação ocorre em meio à guerra comercial entre China e Estados Unidos. Na semana passada, Trump anunciou tarifas recíprocas contra dezenas de países, alegando querer proteger a indústria americana. Ele também acusou outras nações de “tirarem vantagem” dos EUA.

Trump impôs tarifas de 34% sobre produtos importados da China, e Pequim reagiu aplicando taxas do mesmo valor sobre produtos dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, o presidente americano ameaçou impor tarifas adicionais de 50%, caso o governo chinês não recue.

Pouco antes da nova ameaça de Trump, a embaixada chinesa compartilhou, na rede social X, um discurso de Reagan feito em abril de 1987. O republicano governou os Estados Unidos entre 1981 e 1989 e morreu em 2004.

O trecho publicado integra um pronunciamento de Reagan no rádio. Na época, os EUA haviam imposto tarifas a produtos japoneses, alegando que o Japão descumpria um acordo comercial sobre semicondutores.

No vídeo, Reagan critica a defesa das tarifas como uma medida patriótica para proteger empregos. Ele admite que pode haver efeitos positivos no curto prazo, mas argumenta que esses efeitos não se sustentam.

“Primeiro, as indústrias locais começam a depender da proteção do governo por meio de tarifas elevadas. Elas deixam de competir e param de fazer as mudanças gerenciais e tecnológicas necessárias para ter sucesso nos mercados globais”, afirma.

“E, enquanto tudo isso acontece, algo ainda pior ocorre. Tarifas altas inevitavelmente levam à retaliação de outros países e ao desencadeamento de intensas guerras comerciais”, continua.

“O resultado são tarifas cada vez maiores, barreiras comerciais mais altas e menos concorrência. Assim, em pouco tempo, devido aos preços artificialmente elevados por tarifas que subsidiam a ineficiência e a má gestão, as pessoas param de comprar”, completa Reagan.

Ele conclui afirmando que, no longo prazo, tarifas sobre importados resultam em colapsos de mercados, falências de empresas e milhões de empregos perdidos.

O trecho inicial do discurso não aparece no vídeo publicado pela China. Segundo arquivos da Casa Branca, Reagan iniciou sua fala dizendo que, em breve, receberia o então primeiro-ministro do Japão, Yasuhiro Nakasone, para discutir o comércio entre os dois países. Ele também se referiu aos japoneses como amigos.

Reagan afirmou ainda que detestava adotar tarifas e barreiras comerciais, pois essas medidas prejudicariam trabalhadores e consumidores americanos a longo prazo. No entanto, justificou que, naquele caso específico, a medida foi necessária.

O então presidente também mencionou que alguns membros do Congresso defendiam uma postura mais rígida em relação às tarifas, mas alertou que o aumento das taxas colocaria em risco a prosperidade e os empregos de milhões de pessoas. Ele ainda relembrou a crise da década de 1930.

“Para aqueles de nós que viveram a Grande Depressão, a memória do sofrimento que ela causou é profunda e marcante. E, hoje, muitos analistas econômicos e historiadores argumentam que a legislação tarifária aprovada naquele período, conhecida como tarifa Smoot-Hawley, agravou significativamente a depressão e impediu a recuperação econômica”, disse.

A tarifa Smoot-Hawley foi uma tentativa de proteger a agricultura e a indústria dos EUA da concorrência internacional após o crash da Bolsa em 1929. Além de não produzir o efeito desejado, tornou-se símbolo de uma política externa isolacionista, marcada por tarifas recíprocas e pelo avanço de movimentos ultranacionalistas.

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