Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 22 de abril de 2025
Um avião da Delta Air Lines com 294 ocupantes sofreu um incêndio no motor pouco após o embarque no Aeroporto Internacional de Orlando, na Flórida, na última segunda-feira (21), forçando os passageiros a sair da aeronave usando escorregadores infláveis, informou a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA).
O Airbus A330 da Airbus estava prestes a partir para Atlanta quando o motor pegou fogo por volta das 11h15 (12h15 em Brasília). A FAA disse que irá investigar o incidente.
O incêndio no motor é o mais recente de uma série de incidentes aéreos de grande repercussão que levantaram questões sobre a segurança da aviação nos Estados Unidos, incluindo a colisão em pleno voo, em 29 de janeiro, entre um jato regional da American Airlines e um helicóptero do Exército próximo ao Aeroporto Nacional Reagan, que matou 67 pessoas.
A Delta informou que o voo 1213 tinha 282 passageiros e 12 tripulantes, e não houve relatos de feridos. As equipes de voo da Delta “seguiram os procedimentos para evacuar a cabine de passageiros quando chamas foram observadas no escapamento de um dos dois motores da aeronave”.
O Aeroporto Internacional de Orlando afirmou, em uma postagem nas redes sociais, que o incêndio ocorreu na área de pista de taxiamento e que a equipe de resgate e combate a incêndio do aeroporto respondeu prontamente.
A Delta informou que suas equipes de manutenção irão examinar a aeronave e que a companhia aérea disponibilizou aeronaves adicionais para ajudar os passageiros a chegarem aos seus destinos finais ainda na segunda-feira. A Airbus não comentou o incidente.
Em março, um motor de um jato da American Airlines pegou fogo após o avião ser desviado para Denver, forçando a evacuação dos passageiros pela asa da aeronave. O motor pegou fogo enquanto taxiava para o portão.
Rejeição de decolagem
Incidentes de rejeição de decolagem ocorrem por uma variedade de razões, mas o que aconteceu com um Boeing 747-400F da Sky Lease Cargo no dia 19 de abril, em Santiago, não é totalmente comum dada a velocidade em que a aeronave estava sobre a pista.
A aeronave, com registro N904AR e 19 anos de idade, estava programada para o voo GG-4550, uma jornada de mais de seis mil quilômetros de Santiago a Miami. Às 10h31, o jato alinhou-se na pista 17R e começou a acelerar.
Segundo dados do Airnav Radar, o avião alcançou uma velocidade máxima de 163 nós (aproximadamente 300 km/h), momento em que os pilotos decidiram rejeitar a decolagem.
Esse é um fato notável, pois rejeições de decolagem em alta velocidade são relativamente raras.
A decisão dos pilotos levou a uma parada em apenas 18 segundos, mesmo com um trecho da pista ainda disponível. Durante a frenagem, fumaça começou a sair dos pneus, e todos os 16 pneus do trem de pouso principal se deflacionaram. Os serviços de emergência foram acionados para garantir que não houvesse fogo.
Após a rejeição da decolagem, o avião permaneceu em solo em Santiago, e é provável que exija um trabalho considerável antes de retornar ao serviço. Essa situação não é ideal para a Sky Lease Cargo, que possui apenas duas aeronaves 747 em sua frota.