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Rio Grande do Sul Perícia identifica os restos mortais de um dos 26 gaúchos desaparecidos nas enchentes de um ano atrás

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Confirmação ampliou para 184 o número oficial de mortos pela maior tragédia ocorrida no RS. (Foto Gustavo Keller/Arquivo CBM-SC)

Informação divulgada nessa quinta-feira (24) pela Defesa Civil gaúcha ampliou para 184 o número oficial de mortos pelas enchentes de maio do ano passado no Rio Grande do Sul. A atualização decorre da identificação, pelo Instituto-Geral de Perícias, da ossada de Olivam Paulo da Rosa, que residia em Barros Cassal (Região Central do Estado). Outras 25 pessoas continuam desaparecidas.

A boa notícia é a localização, com vida, de José Everaldo Vargas de Almeida, morador de Canoas (Região Metropolitana de Porto Alegre). Não foram fornecidos detalhes sobre as circunstâncias desse caso.

Ao todo, 478 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pela maior tragédia da história do Rio Grande do Sul. Estima-se que quase 2,4 milhões dos mais de 11,3 milhões de gaúchos sofreram algum tipo de perda humana ou material, o que representa um índice superior a 21%.

Maior tragédia gaúcha

A chuva mais volumosa começou em 27 de abril de 2024 em Santa Cruz do Sul, na Região dos Vales. Sem parar, estendeu-se por mais de dez dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí, que transbordaram. A água invadiu diversos municípios, destruindo infraestruturas e imóveis públicos e particulares.

Como as bacias são interligadas, a água chegou ao Guaíba, em Porto Alegre, e à Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio Grande. Ambos também transbordaram, inundando os municípios e forçando milhares de famílias a saírem de casa. A Serra também sofreu impacto da chuva, mas nesse caso os danos se deram principalmente por causa dos deslizamentos de terra.

Porto Alegre

Em Porto Alegre, a Defesa Civil municipal chegou a emitir no dia 27 de abril (sábado) um alerta sobre a “possibilidade de chuvas intensas e ventos fortes” entre o fim da tarde do mesmo dia e a madrugada seguinte (28). O tom do aviso, contudo, não indicava o que estava por vir.

Conforme a MetSul Meteorologia, só na capital choveu naquele dia o equivalente a 43 litros de água por metro-quadrado, em apenas seis horas. Além de alagamentos e transtornos, o mau tempo afetou as operações no Aeroporto Salgado Filho. Ao menos dois aviões da Azul, provenientes de Curitiba (PR), tiveram que pousar em Florianópolis e aguardar até que as condições climáticas permitissem que seguissem viagem até Porto Alegre.

Durante o pico da cheia, o Guaíba atingiu a marca de 5,37 metros na capital gaúcha, de acordo com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB). Essa cota recorde foi registrada na estação Cais Mauá (Centro Histórico).

Com a cheia, uma ampla área da capital gaúcha ficou coberta pela água. Pontos emblemáticos da cidade ficaram parcialmente submersos, como os estádios da Dupla Grenal, a Estação Rodoviária, o Aeroporto e o Mercado Público, apenas para se mencionar os exemplos mais notórios.

O mês de maio foi o mais chuvoso da história da capital gaúcha Porto Alegre desde o ano de 1910, segundo dados da estação climatológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A precipitação atingiu 539,9 milímetros, conforme medição da estação de referência climatológica da capital, localizada no bairro Jardim Botânico (Zona Leste).

Vale do Taquari

A Região do Vale do Taquari foi uma das mais afetadas pelas chuvas. Cidades como Cruzeiro do Sul foram completamente destruídas. Imagens captadas por drone mostraram a destruição no que, até então, era o bairro Passo de Estrela, localizado próximo ao leito do Rio Taquari. O local foi engolido pela força da água e desapareceu.

Em Arroio do Meio, também no Vale do Taquari, o cenário deixado parecia de guerra, revelando a completa destruição causada pela força das águas, conforme classificaram os moradores. As imagens mostravam galhos de árvores, restos de construções e lama cobrindo as ruas. Casas foram completamente destruídas e carros arrastados pela enxurrada ficaram espalhados e quebrados no meio dos caminhos.

O município teve seus acessos bloqueados após a queda das pontes que faziam a ligação com a cidade vizinha de Lajeado, que também foi fortemente impactada pelas chuvas.

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https://www.osul.com.br/ossada-encontrada/ Perícia identifica os restos mortais de um dos 26 gaúchos desaparecidos nas enchentes de um ano atrás 2025-04-24
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