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Rio Grande do Sul Adolescentes que esfaquearam professora em Caxias do Sul agiram de forma premeditada, conclui a Polícia Civil

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Atacada em sala de aula há quase um mês, vítima ainda não retornou ao trabalho. (Foto: Reprodução)

Ao encerrar nessa sexta-feira (25) a investigação do caso sobre a professora esfaqueada por alunos em uma escola municipal de Caxias do Sul (Serra Gaúcha), a Polícia Civil responsabilizou pelo ataque três adolescentes de 13 a 15 anos. Eles permanecem apreendidos desde o incidente, ocorrido no primeiro dia de abril e que teria sido premeditado pelo trio, em retaliação a medidas punitivas adotadas na instituição de ensino.

O inquérito está agora aos cuidados da Justiça. No Ministério Público, promotores também se debruçam sobre o caso, a fim de avaliar se propõem medida sócio-educativa privativa de liberdade para os envolvidos (incluindo uma garota) no ato infracional análogo à tentativa de homicídio.

A vítima, que leciona inglês, não seria um alvo pessoal dos adolescentes. Mas foi atacada em sala de aula e ficou ferida nas costas, cabeça e pescoço, necessitando de pontos. Não chegou a correr risco de morte, mas é submetida a sessões de fisioterapia (devido a sequelas de mobilidade) e acompanhamento psicológico (devido ao trauma gerado pelo episódio). Ainda não conseguiu retornar ao trabalho.

Repercussão

O ataque gerou pânico entre os demais adolescentes e integrantes da instituição de ensino, além de causar comoção na cidade. Em apoio à vítima, a prefeitura de Caxias do Sul anunciou a suspensão das aulas em todas as instituições de ensino municipais da cidade no dia seguinte.

A Secretaria Municipal de Educação também nota oficial, garantindo estar fornecendo suporte à comunidade escolar após o incidente: “Neste momento a preocupação é com o bem-estar de estudantes e professores. Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir o acolhimento”.

O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), por sua vez, repudiou o episódio, prestou solidariedade à colega e mencionou o abalo sofrido pela comunidade. Confira os principais trechos da mensagem, postada em cpers.com.br.

“Lamentavelmente, o impacto psicológico e a sensação de insegurança dentro da escola são incalculáveis (…). A violência contra professoras(es) e funcionárias(os) da educação tem se tornado cada vez mais frequente, refletindo o abandono das escolas pelo poder público. É inadmissível que educadoras(es) saiam de casa sem a certeza de que voltarão em segurança. O ambiente escolar deve ser um espaço de aprendizado, acolhimento e respeito, não de medo e insegurança.

Exigimos que as autoridades adotem medidas urgentes para garantir a segurança de quem ensina e aprende. É fundamental a presença de equipes multiprofissionais nas escolas, o fortalecimento das políticas de prevenção à violência e a valorização das(os) educadoras(es), que lidam diariamente com condições de trabalho cada vez mais precárias. (…) Seguiremos na luta para garantir respeito, segurança e condições dignas de trabalho para todas e todos que constroem a educação pública”.

(Marcello Campos)

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