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Economia Entidades investigadas no escândalo do INSS têm conexões com partidos políticos e com o governo

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Onze entidades são investigadas pela PF e pela CGU por descontos indevidos de aposentadorias pagas pelo INSS. (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

As entidades sindicais investigadas pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-geral da União) por descontos não autorizados de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) têm conexões políticas com partidos como PT, PDT, PSB e MDB.

O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) é Aristides Veras dos Santos. Ele é irmão do deputado federal Carlos Veras (PT-PE). Desde o início de fevereiro, o parlamentar é o primeiro secretário da Câmara.

A Contag é a entidade que mais recebe recursos de descontos em benefícios do INSS. Só em fevereiro foram R$ 36,5 milhões de 1,2 milhão de associados.

Já a secretária-geral da entidade até quinta (24), Thaisa Silva, foi secretária-geral no Mato Grosso do Sul do Movimento Popular Socialista, ligado ao PSB, em 2023. No ano seguinte, foi candidata a vereadora de Campo Grande pelo MDB, ficando com a suplência.

“É um erro grosseiro colocar a Contag no mesmo patamar de instituições que têm realizado ações com fortes indícios de irregularidades e outras que, inclusive, a própria Contag e algumas de suas federações filiadas, já informaram os desmandos realizados e que configuram fraudes”, disse, em nota, a entidade sindical.

“Não há qualquer vinculação que possa ser estabelecida entre o mandato do deputado Carlos Veras e o acordo entre a Contag e o INSS”, acrescenta a nota.

Veras afirma que seu mandato “tem origem na agricultura familiar e no movimento sindical rural, trajetória que compartilha com seu irmão, Aristides Santos, dirigente da Contag”. “A relação com a Contag é pública, legítima e historicamente baseada em princípios de luta social, solidariedade de classe e compromisso com as pautas do campo”, disse em nota.

Ao contrário das outras investigadas, a Contag não teve um aumento expressivo nos associados entre 2021 e 2023, de acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União). Eram 1,5 milhão em dezembro de 2021 e 1,4 milhão no último mês de 2023.

O Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos) por sua vez tem como vice-presidente o irmão do presidente Lula (PT), José Ferreira da Silva, o Frei Chico. Ele está no posto há um ano e ocupa diretorias na entidade desde 2008.

O presidente do sindicato é Milton Cavalo, dirigente do PDT — partido do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

De acordo com o TCU, o número de associados ligados ao sindicato passou de 237,7 mil em dezembro de 2021 para 366,2 mil em dezembro de 2023. Em fevereiro deste ano, foram 207,6 mil descontos em folha para a entidade.

“Não fomos intimados, não teve busca e apreensão em nenhuma das mais de 80 sedes do Sindnapi no país todo. Estranho essa alegação de termos sido alvos da PF e não ter tido nada”, disse Cavalo. “A entidade apoia integralmente as investigações sobre eventuais irregularidades nos descontos aplicados sobre os benefícios dos aposentados”, acrescentou.

As onze entidades investigadas pela PF e pela CGU por descontos indevidos de aposentadorias pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) responderam por 60% do total abatido dos benefícios em fevereiro deste ano.

De acordo com as investigações, a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual a porcentagem foi feita de forma ilegal. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

 

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