Por Redação O Sul | 9 de fevereiro de 2016
Identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015, o vírus da zika tem um poder de disseminação muito maior que o da dengue, segundo o vice-presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Rodrigo Stabile. “Se a gente comparar os índices de espalhamento das duas doenças, vê que o que o vírus da zika se espalha muito rapidamente”, disse Stabile nessa segunda-feira, em Ribeirão Preto (SP), que possui mais de 800 casos suspeitos da zika em 2016 e vive epidemia de dengue.
A comparação feita pelo pesquisador é baseada no tempo de propagação de epidemias desse tipo de doença no território brasileiro. “A gente teve a primeira epidemia de dengue no Rio de Janeiro e a gente levou um ciclo de cinco anos para poder atingir todo o País, e vemos o vírus da zika atingindo o mesmo patamar em menos de um ano”, afirmou.
De acordo com o vice-presidente da Fiocruz, um dos motivos para a disseminação mais rápida da doença é a fácil adaptação do vírus. “É bastante adaptado ao ser humano e um vírus bastante adaptado ao seu vetor de transmissão, o Aedes aegypti, mostrando que ele se transmite de forma rápida.”
Na sexta-feira, a Fiocruz anunciou que que o vírus foi encontrado de forma ativa na urina e na saliva de pacientes com sintomas compatíveis ao da doença. Ainda assim, pesquisas aprofundadas serão necessárias para comprovar se poderá haver infecção por meio de fluidos.
