Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2016
Com a disparada das contas de luz em 2015 e a maior inadimplência, as distribuidoras têm se desdobrado para efetuar os cortes de energia nos prazos fixados em lei. A maior necessidade de ações desse tipo, relatam, eleva os custos e impede o atendimento à demanda.
De acordo com um levantamento da Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), foram 3,1 milhões de cortes no primeiro semestre do ano passado, quase o dobro do verificado no mesmo período em 2014. A alta é atribuída à recessão econômica e ao aumento no preço da energia.
O corte de luz é o principal instrumento para forçar o cliente a pagar a fatura. Ao não conseguirem colocar em prática a medida dentro do tempo regulamentar, elas dizem perder a capacidade de pressão junto aos inadimplentes. Isso levou a Abradee a pedir que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) revise os prazos.
A ideia é obter autorização para interromper o fornecimento após 90 dias, criando assim uma terceira “janela” de oportunidade, além das duas existentes: hoje, o consumidor pode ter o serviço inrterrompido entre o 45º e o 55º dia de atraso (após notificação) e do 75º ao 85º dia ( caso siga em atraso). Após 90 dias de inadimplência, o corte é proibido. Se uma segunda conta não for paga, começa um novo prazo de 90 dias. Em uma primeira decisão, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, negou o pedido. (Folhapress)