Domingo, 19 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2015
Um estelionatário, que também atuava de forma irregular como cirurgião plástico, foi preso pela Polícia Civil, na segunda-feira (25), sob a acusação de aplicar golpes em mulheres que conhecia pelas redes sociais. De acordo com o delegado Fábio Asty, responsável pela investigação, Paulo César Dantas da Mota, 43 anos, seduzia suas vítimas, todas entre 45 e 55 anos, e lhes causava prejuízos financeiros. Ele chegou a examinar a parente de uma das vítimas. Uma das quatro mulheres que procurou a polícia contou que foi lesada em pelo menos 13.800 reais.
Mota foi preso em um bar, no Rio de Janeiro, durante um encontro com uma possível vítima. Segundo Asty, o preso conhecia mulheres solteiras de meia idade, recém separadas ou viúvas, através de sites e aplicativos de encontros, e após alguns encontros, começava um namoro.
A investigação começou após uma mulher ter procurado a delegacia alegando que Mota havia feito 37 compras com seu cartão de crédito, sem seu consentimento, em um total de compras avaliado em 7,5 mil reais. Além disso, Paulo pagou um anestesista com um cheque sem fundo, fazendo com que a mulher arcasse com as despesas de mais de 5 mil reais. “Ele escolhia mulheres com instabilidade emocional e com boas condições financeiras para aplicar os golpes”, contou o delegado.
Logo após a divulgação da prisão de Mota, duas vítimas estiveram na delegacia para reconhecer o estelionatário. O delegado contou que durante a investigação ficou comprovado a má-fé do homem. Segundo os policiais, durante a investigação eles cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do acusado.
Na ação, foram encontrados um carimbo falso de médico com as inicias do investigado, receituários de remédios controlados, um atestado falsificado, um contrato de abertura de conta corrente datado do mês de abril deste ano em nome do pai dele, falecido há 13 anos, além de objetos comprados com o cartão de crédito de uma das vítimas como perfumes, roupas, calçados e óculos escuros. O homem não possui registro no Conselho Regional de Medicina. (AD)