Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 12 de fevereiro de 2016
Transístor é algo que lembra um radinho de pilha, tão comum nos ouvidos dos torcedores de futebol nos estádios em dia de jogo até os anos 1980. Ninguém associa o nome a alta tecnologia de hoje. Foi só com a invenção do transístor que essas máquinas encolheram. Ganharam portabilidade, rapidez e confiabilidade. Se antes ocupavam salas inteiras e eram controladas por técnicos envoltos em uma aura de mistério, passaram a ser objetos domésticos possíveis de serem usados por uma dona de casa.
Computadores foram inventados usando válvulas termiônicas, mas essa era não durou muito. Criados em 1947, pelo Bell Labs, e comercializados a partir de 1954, os transístores miniaturizaram o mesmo componente, em uma forma muito mais rápida, econômica e resistente.
Ainda nos anos 1950, também surgiram os circuitos integrados – ou microchips –, que permitiram uma miniaturização ainda maior. Os microchips não passam de grandes coleções de transístores microscópicos.
“O transístor é possivelmente a maior invenção do século 20 e o componente eletrônico mais importante de todos”, afirma o ex-hacker americano Kevin Mitnick, que hoje trabalha em uma empresa de segurança da internet.
O computador de bordo da Apollo 11 tinha 12,3 mil transístores. Qualquer celular hoje tem entre centenas de milhões a até bilhões (o iPhone 6 tem 2 bilhões). Em 2014, 250 sextilhões de transístores foram produzidos. Isso dá mais de 35 bilhões para cada ser humano. A invenção rendeu o Prêmio Nobel da Física de 1956 a John Bardeen, Willian Bradford Shockley e Walter Houser Brattain. Em 2000, os físicos Jack Claire Kilby, Zhores Alferov e Herbet Kroemer ganharam outro Nobel com o circuito integrado de transístor. (AE)