Quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi notificado na manhã desta terça-feira (16) do pedido de afastamento dele do cargo feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal). Janot argumenta que Cunha utiliza a função para obstruir as investigações da Operação Lava-Jato e o andamento de uma representação contra ele no Conselho de Ética da Câmara.
No pedido feito ao Supremo, o procurador-geral requer que o peemedebista seja afastado tanto do comando da Câmara quanto do mandato de deputado federal. Com a notificação, Cunha tem dez dias para se manifestar no caso.
Janot alega que o peemedebista usa seu poder para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos. O deputado nega, diz que o pedido é baseado em “ilações” e “agressões” e que o procurador-geral da República pretende fazer uma “cortina de fumaça” para tirar o foco do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Cunha garantiu que, por iniciativa própria, não irá se afastar da presidência da Câmara nem se virar réu em processo penal da Operação Lava-Jato. O STF deve analisar em março denúncia feita por Janot contra o peemedebista por suposta participação no esquema de corrupção da Petrobras. Cunha também responde a processo de cassação na Câmara por quebra de decoro parlamentar.