Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de março de 2016
A Justiça portuguesa tirou a guarda de uma menina de 7 anos de sua mãe, uma brasileira que mora em Portugal há 17 anos, e a entregou ao pai, acusado de abusar sexualmente da menina.
A mãe da criança agora tenta reverter a decisão da juíza da cidade de Tavira, no sul do país, com o apoio da família no Brasil e de associações de defesa de mulheres e crianças em Portugal. O caso ganhou ampla repercussão na imprensa portuguesa e um abaixo-assinado para que as autoridades brasileiras acompanhem o caso.
A decisão foi tomada com base na acusação do pai da menina de que sofria alienação parental (quando um dos pais faz a criança rejeitar o outro). A mãe alega que o pai não podia visitar a criança porque as duas viviam nos últimos oito meses em uma residência para vítimas de violência, para a qual se mudaram após ele agredi-la e ameaçá-la.
O processo em que o pai da menina é acusado de abuso sexual e violência doméstica ainda corre na Justiça. A juíza diz que não está provado que o crime tenha ocorrido. A mãe da garota diz que apresentou relatórios de quatro psicólogos diferentes atestando que há sinais de que os abusos de fato ocorreram.
A guarda total da menina foi dada ao pai em caráter provisório, mas a mãe não sabe quando poderá ver a filha novamente. Nesta quinta-feira (10), ela será ouvida pela juíza e espera poder reverter a decisão.
“Não sei quanto tempo vai levar esse processo. Enquanto isso, minha filha está em perigo. Dói demais saber que ela está passando por isso. Dói demais”, diz. (AG)