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Economia Dólar fecha a R$ 3,60 e atinge menor cotação em sete meses; Bolsa cai

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Dólar fechou em baixa nesta sexta-feira. (Foto: Reprodução)

O dólar atingiu a menor cotação nominal (sem correção para inflação) em quase sete meses, com os investidores confirmando as apostas de uma eventual saída da presidenta Dilma Rousseff do cargo. O cenário externo favorável a moedas de países emergentes, com a valorização das commodities, colabora para a apreciação do real.

O Ibovespa recuou, em um movimento de realização de lucros após a alta de 6,6% desta quinta-feira (17) — a maior em mais de sete anos. Os juros futuros de longo prazo recuaram, assim como o CDS (credit default swap), espécie de seguro contra calote e indicador da percepção de risco do país.

O dólar à vista fechou em queda de 1,36%, aos R$ 3,6002, menor cotação nominal desde 28 de agosto de 2015 (R$ 3,5846). O dólar comercial terminou com recuo de 1,88%, a R$ 3,5830, o valor nominal mais baixo desde 27 de agosto do ano passado (R$ 3,5520). A moeda americana continuou a trajetória de queda mesmo após o Banco Central ter reduzido a oferta de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólar).

“A queda do dólar é consequência da conjuntura global, com a melhora nos preços das commodities, e do cenário político interno conturbado”, afirma Cleber Alessie, operador de câmbio da H.Commcor. Segundo ele, o mercado consolidou a aposta na troca de comando no governo, e a redução da rolagem de swaps cambiais pelo BC não está sendo suficiente para conter o recuo da moeda americana.

“O mercado espera uma retomada da economia a partir da troca de comando do governo”, avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. “Além disso, a baixa do dólar faz pressão para desmonte de operações de hedge (proteção contra a alta da moeda americana); desta forma, os investidores deixam de fazer a rolagem de contratos futuros e enviam remessas físicas de dólares para o país”, acrescenta Galhardo.

O real é beneficiado também pela manutenção da taxa de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e pelas políticas de juros negativos do BCE (Banco Central Europeu) e o banco central japonês.

Analistas ressaltam ainda que boa parte dos dólares que entram no país é especulativa, ou seja, de curto prazo, em função do atual momento político, já que o Brasil perdeu o selo de bom pagador pelas agências de classificação de risco.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 terminou em alta, de 13,725% para 13,760%, mas o DI para janeiro de 2021 caiu de 14,060% para 14,010%.

O CDS recuou 4,98%, para 365,977 pontos — patamar mais baixo desde 1 de setembro de 2015 (365,559 pontos).

BOLSA

O Ibovespa, que chegou a recuar mais de 1% ao longo da sessão, com investidores embolsando os ganhos da sessão anterior, fechou em baixa de 0,19%, aos 50.814,66 pontos. O giro financeiro foi de R$ 9.291 bilhões. Na semana, o índice ganhou 2,37% e, no ano, tem alta de 17,2%.

As ações preferenciais da Petrobras subiram 0,24%, a R$ 8,12, mas as ordinárias caíram 1,34%, a R$ 10,30.

Em Londres, o petróleo Brent, que atingiu a cotação máxima do ano nesta quinta-feira (US$ 41,54), recuava 0,31%, a US$ 41,41 o barril. Nos EUA, o petróleo WTI perdia 2,16%. a US$ 39,37, depois de também ter alcançado na véspera o maior preço de 2016 (US$ 40,20).

As ações PNA da Vale subiram 3,01%, a R$ 11,27, enquanto as ordinárias recuaram 1,09%, a R$ 15,33, mesmo com o avanço do minério de ferro na China pela terceira sessão consecutiva.

No setor financeiro, Banco do Brasil ON recuou 1,59%, Itaú Unibanco PN ganhou 0,27%, Bradesco PN, -1,32%; Santander unit, -3,98% e BM&FBovespa ON, -2,20%.

“O mercado está de “ressaca” após a euforia de ontem (17), e, sem novidades tanto no cenário interno quanto no externo, faz uma realização de lucros saudável”, diz Alexandre Soares, analista da BGC Liquidez.

EXTERIOR

O otimismo provocado pela manutenção dos juros norte-americanos, na quarta-feira (16), continuou impulsionando as Bolsas globais.

Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,69%, o S&P 500 avançou 0,44% e o Nasdaq, +0,43%.

As Bolsas europeias também terminaram a sessão no terreno positivo, com exceção de Londres, que recuou 0,19%. Paris avançou 0,44%; Frankfurt, +0,59%; Madri, +0,81%; e Milão, +0,02%.

Na Ásia, com exceção do Japão, as Bolsas também fecharam em alta diante do dólar mais fraco.
(Eulina Oliveira/Folhapress)

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