Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2015
A quinta edição da Marcha das Vadias teve como tema central a legalização do aborto. O grupo de ativistas se concentrou no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) e saiu em caminhada na Avenida Paulista (SP) neste sábado (30). Cerca de 150 pessoas participaram do ato, segundo a Polícia Militar.
Na concentração do evento, uma oficina de Sling – tecido que serve para carregar o bebê junto ao corpo – reuniu mães feministas. A ilustradora Camila Conti, 34 anos, conta que já participou da marcha outras vezes, mas levou pela primeira vez o filho, com 1 ano.
Ela relatou que fez parto domiciliar, aprendeu muito sobre maternidade ativa, e hoje luta contra a violência obstétrica e outras causas de gênero relacionas à maternidade. “Quando me vi mãe, vi que o mercado de trabalho fecha as portas”, contou. “Sou a favor da legalização do aborto. Acho fundamental que a maternidade seja uma escolha, e não um castigo”, defendeu.
Integrante do coletivo da Marcha das Vadias, Samanta Dias, 30, afirmou que a meta é pedir a legalização do aborto até, pelo menos, a 12ª semana, garantida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e determinada apenas pela escolha da mulher. A ativista também argumenta que a medida “garantiria a sobrevivência das mulheres negras e pobres, que são as que sofrem mais sequelas [do aborto clandestino]”. (AG)