Quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de maio de 2016
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI do mensalão em 2005, foi indicado para presidir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados.
Ele alcançou o posto do colegiado mais importante da Casa após ser apadrinhado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O cargo é estratégico porque a CCJ ficará responsável por analisar os recursos do peemedebista no processo disciplinar que tramita contra ele no Conselho de Ética.
Em entrevista à imprensa, Serraglio comparou o processo por quebra de decoro parlamentar ao pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
“Se os governistas falam que ela não pode responder por atos da gestão anterior e que por isso não deve ser cassada, então Cunha também não pode perder o seu mandato”, argumentou Serraglio, que nega ser um aliado do polêmico deputado ou que o favorecerá.
“Estou apenas mostrando a questão da coerência, sem dar a minha opinião, pois quem decidirá o futuro político do presidente da Câmara é o Conselho de Ética”, frisou. “A CCJ não examina o mérito da cassação e eu, como seu presidente, não decido nada, apenas posso colocar o tema na pauta. Não tenho uma varinha mágica para saber o que acontecerá com Cunha.” (AE)