Por Redação O Sul | 2 de maio de 2016
Sem espaço para cortar as despesas rígidas do orçamento, em breve o Brasil poderá depender de um aumento de impostos para sanear as contas fiscais. O alerta é do mais recente relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre o cenário econômico do País.
Na avaliação do órgão, é necessário que o governo intensifique os esforços para a sua consolidação fiscal, a fim de conter o aumento da dívida bruta e do déficit nominal, ambos em trajetória de alta.
“É essencial que o governo trace uma estratégia confiável para melhorar as contas e que as medidas sejam bem comunicadas e executadas de forma consistente”, preconiza um dos trechos do documento, que ainda reforça recomendações já feitas em recentes reuniões do Fundo. “No que se refere ao ajuste fiscal, o desafio mais importante no Brasil é resolver a rigidez de gastos públicos, que são determinados pela Constituição e, por isso, difíceis de cortar.”
O governo argumenta que, do Orçamento, 90% são de gastos vinculados, o que inclui salários dos servidores, benefícios assistenciais e previdência social. Nesse último item, o FMI sugere uma reforma estrutural. O órgão prevê que o Brasil só reconquistará o superávit em 2020. No ano seguinte, a relação entre dívida pública e PIB (Produto Interno Bruto) deve superar os 90%. (Folhapress)
