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Por Redação O Sul | 5 de maio de 2016
O cenário atual não permite trabalhar com a hipótese de “flexibilização das condições monetárias”, ou seja, com a possibilidade de redução da Selic (taxa básica de juros da economia), avaliou o Banco Central nesta quinta-feira (05) por meio da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve, na semana passada, os juros estáveis em 14,25% ao ano.
No documento, a autoridade monetária explica que sua posição tem por objetivo o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação ao limite estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) em 2016 (com teto de 6,5%) e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
O mercado acredita que o ciclo de redução da taxa básica de juros começará no final de agosto deste ano, mas há analistas que acreditam que os cortes podem começar já em meados de julho. A previsão é que, em março de 2017, a taxa já esteja em 12% ao ano.
O Copom informou ainda, na ata do Copom, que o desenvolvimento das contas públicas e do chamado “mercado de ativos” (como o patamar da taxa de câmbio – queda do dólar favorece a inflação) neste ano, assim como a dinâmica dos preços administrados (como energia elétrica e gasolina, por exemplo), o aumento do desemprego e a queda do nível de atividade, são “fatores importantes do contexto em que decisões futuras de política monetária [sobre a taxa de juros] serão tomadas”.