Segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2016
Classificado pela equipe de Michel Temer como um dos “principais esteios” de um futuro governo do vice-presidente, Henrique Meirelles definiu com o peemedebista os três eixos das primeiras medidas econômicas a serem tomadas à frente da Fazenda. São eles: um projeto fixando um teto para o crescimento dos gastos públicos, com o fim de boa parte das vinculações de receitas; uma reforma da Previdência; e a racionalização do sistema tributário.
Em reuniões com assessores do vice, realizadas durante esta semana, o ex-presidente do Banco Central disse que o lema do governo Temer na economia vai ser “vamos devagar, mas estamos com pressa”. Traduzindo: o desequilíbrio das contas públicas impede que a situação seja revertida de imediato, mas as medidas para resolver o problema terão de ser aprovadas no curto prazo, de preferência todas neste ano.
“Precisamos sinalizar que daqui a dois anos poderemos ter superávit primário de novo, mas isso não significa deixar para depois a aprovação. Tem de acontecer agora”, disse Meirelles a assessores de Temer. O vice assume a Presidência se o Senado abrir o processo de impeachment de Dilma, na próxima semana.
Em paralelo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), cotado para o Ministério do Planejamento, adotará ações em dois sentidos: animação econômica, com projetos para estimular o investimento, e gestão e governança, com corte de gastos e melhoria do funcionamento da máquina.
Meirelles e Jucá disseram a Temer que essas iniciativas serão montadas para recuperar a credibilidade da política econômica e garantir a volta do crescimento ainda em 2016. Nas palavras do provável novo ministro da Fazenda, o governo Temer vai criar condições para que a dívida pública caia no médio prazo. “O importante é dar aos investidores não a previsão, mas a segurança e a certeza de que o endividamento será reduzido e o risco do País vai diminuir”, disse Meirelles a interlocutores do vice. (Folhapress)