Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2016
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, explicou nesta sexta-feira (13) que não há mulheres no ministério do governo do presidente em exercício, Michel Temer, porque os partidos políticos não indicaram. Segundo ele, a composição ministerial se fez a partir de nomes apresentados pelas legendas que apoiaram Temer.
“Com relação à participação das mulheres, nós tivemos essa composição, ela foi feita a partir da sugestão que os partidos fizeram. Nós, a parte que organizou, e o governo anterior a gente soube que iria terminar ontem pela manhã, nós tivemos espaço reduzido. Nós tentamos de várias formas, na parte que dizia respeito à disponibilidade, em várias funções, tentamos encontrar mulheres”, afirmou.
Padilha tentou ainda minimizar a ausência de mulheres no comando de pastas dizendo que a chefe de gabinete de Temer é mulher e que ainda haverá indicações para secretarias que antes tinham status de ministério. “Há uma função que é da maior importância, que é a chefe de gabinete do presidente da República, que é uma mulher. As secretarias, que retiraram status de ministério, e que continuam as mesmas atribuições, vamos indicar mulheres”, disse.
“Não tivemos até agora possibilidade de indicar mulheres, mas o núcleo de montagem vai incrementar mais a solicitação de que partidos tragam mulheres para esses postos que terão importância similar”, completou o ministro.
A ausência de mulheres no ministério de Temer gerou críticas de movimentos sociais, que classificaram a nova composição de retrocesso. Nesta quinta (12), após assumir a Presidência, Temer deu posse a 24 novos ministros – todos homens.
Desde a gestão do general Ernesto Geisel (1974-1979) que não há um governo federal sem mulheres no comando de pastas. A primeira mulher ministra de Estado foi Ester de Figueiredo Ferraz, que assumiu o Ministério da Educação e Cultura de 1982 a 1985, no governo de João Figueiredo, que presidiu o país de 1979 a 1985.