Sábado, 08 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de maio de 2016
O ministro do Planejamento, Romero Jucá, afirmou nesta segunda-feira (23) que não pensa em pedir demissão do cargo e que está “tranquilo” em relação ao teor das conversas divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo nas quais ele fala em “estancar a sangria” da Operação Lava-Jato.
“É estancar a sangria da economia, do que está ocorrendo com o País, qual é a vantagem de mudança do governo. A Lava-Jato era o âmago do governo, isso tem uma sangria econômica, social, política. A Lava-Jato é importante, tem que investigar, mas tem de delimitar”, afirmou, sobre os diálogos que travou com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
O ministro disse ainda que conversou na noite de domingo (22) com o presidente interino Michel Temer e que não pensa em pedir demissão do cargo. “Não, não. Por que vou pedir demissão se estou dizendo isso [sobre Lava-Jato] desde o começo?”. Segundo ele, no entanto, a decisão sobre sua permanência é de Temer.
“Estou muito tranquilo. O que disse ao Sérgio Machado é o que tenho dito aos jornalistas. Não tem nenhum tipo de interferência na Lava-Jato. É só pegar o contexto da conversa. Tem que separar o que ele disse do que eu digo”, ressaltou Jucá.
Segundo ele, a conversa ocorreu em seu gabinete ou na sua casa. “O Sérgio Machado me procurou uma vez no início do ano, ele veio na minha casa. Foi no meu gabinete ou na minha casa essa conversa”, declarou.
“Não disse nada que eu não sustente, não explique”, afirmou. Jucá confirmou que vai ao Senado com Temer nesta segunda para discutir as questões econômicas do governo. (Folhapress)