Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2016
Arqueólogos espanhóis descobriram a múmia de Sattjeni, uma dama da nobreza que era “a guardiã do sangue dinástico”, na cidade egípcia de Assuão, explicou o chefe da missão, Alejandro Jiménez. A múmia de Sattjeni, “filha, esposa e mãe de governadores”, segundo Jiménez, foi achada dentro de dois sarcófagos de madeira na necrópole de Qubbet el-Hawa, no Vale dos nobres, que é escavada pela equipe espanhola desde 2008.
Esta dama da dinastia 12 do Império Médio foi a mãe dos principais governadores de Elefantina, Heqaib III e Amaney-Seneb, que dirigiram a região entre 1810 e 1790 a.C. O diretor do departamento de Antiguidades egípcio, Mahmoud Afifi, garantiu, em comunicado, que Sattjeni era além disso filha do emir Sarenput II e “uma das principais personalidades da época”.
Para Jiménez, a importância do achado está em que esta família estava “bem abaixo do faraó” Amenemhat III (1800-1775 a . C.) na hierarquia de Assuão.
A múmia tem o rosto coberto por uma máscara policromada, detalhou o arqueólogo espanhol. Os sarcófagos, de madeira de cedro do Líbano, estão talhados e apresentam escrituras hieroglíficas que permitiram identificar Sattjeni e datar a tumba. O caixão interior se encontra em “bom estado de conservação”, acrescentou em seu comunicado o responsável de Antiguidades egípcio. (Efe)