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Por Redação O Sul | 31 de maio de 2016
Uma galáxia a 30 milhões de anos-luz da Terra contém informações valiosas sobre a origem do Universo. Apelidada de Leconcino, o sistema foi encontrado por astrônomos da Universidade de Indiana, nos EUA.
Em estudo publicado no Astrophysical Journal, os pesquisadores afirmam que a galáxia, que fica localizada na constelação de Leão Menor, possui a menor concentração de metais já observada em um sistema estelar. Como apontam os próprios cientistas em nota oficial, “na astronomia, chamamos de metal qualquer elemento que não seja hidrogênio ou hélio”.
A descoberta é importante, pois o modelo que utilizamos atualmente para explicar o Big Bang afirma que os primeiros núcleos atômicos elementares a serem formados eram hidrogênio e hélio. Encontrar uma galáxia com essas condições indica que o material dela não mudou muito desde o surgimento do Universo, explica John J. Salzer, do Departamento de Astronomia da Universidade de Indiana.
“Existem poucas formas relativas de explorar as condições da origem do Universo, mas as galáxias com baixas concentrações de metais são algumas das melhores chances que temos.”
Oficialmente Leoncino se chama AGC 198691. Considerada uma galáxia anã, ela é azul por conta da presença de estrelas recentemente formadas, tem mil anos-luz em diâmetro e é composta por milhões de estrelas. Em termos de comparação, a Via Láctea possui entre 200 e 400 bilhões de estrelas.
“Estamos empolgados para continuar a explorar essa galáxia misteriosa”, afirmam Alec S. Hirschauer, que participou do estudo. “Galáxias com baixa concentração de metais são extremamente raras, então queremos aprender tudo o que podemos sobre elas.”
Cientistas descobrem galáxia repleta de metais preciosos.
A galáxia anã Reticulum também virou destaque nos últimos dias. Isso porque astrônomos descobriram que ela possui uma quantidade absurda de metais preciosos.
Localizada a 98 mil anos-luz da Terram, Reticulum orbita a nossa própria Via Láctea e é uma das galáxias anãs mais próximas já encontradas. Os cientistas a consideram o melhor lugar para detectar a famosa matéria escura, que guarda os mistérios mais difíceis de desvendar do Universo. Para observar as estrelas mais brilhantes de Reticulum, os astrônomos usaram o telescópio de Magalhães, no Chile.