Por Redação O Sul | 11 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Crónica de una muerte anunciada”, é um livro de Gabriel García Márquez publicado em 1981. A obra conta, na forma de uma reconstrução jornalística, a história do assassinato de Santiago Nasar pelos dois irmãos Vicário. Acusado por Ângela irmã dos assassinos de tê-la desonrado, o jovem foi morto a facadas pelos gêmeos Pedro e Pablo.
Toda a localidade fica sabendo antes da vingança iminente, mas nada salva Santiago de seu trágico destino, anunciado logo à primeira linha do romance. A obra gira em torno de anunciar a morte de Nasar, contada por um narrador não presente, mas que buscou todas as informações para escrever a crônica. O mistério do livro está em descobrir quem desonrou Ângela Vicário, que mente sobre o seu autor em função de proteger alguém de quem ela gostava.”
Narrada em centenas de “reportagens jornalísticas” o Brasil acompanha no mundo real a: “Crônica de uma prisão anunciada”. É iminente a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entendemos que é apenas uma questão de prazo. Amanhã ou daqui a poucos meses, mas veremos Lula sendo levado preso por ordem do super Juiz Sérgio Moro.
Ontem o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para que o pedido de denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja remetido ao juiz Sérgio Moro, na primeira instância. O pedido inclui o ex-senador Delcídio Amaral, o qual após a cassação perdeu a prerrogativa de foro privilegiado! Teori Zavascki atuará no enredo que culminará com o final desta crônica canastrona! Atenção aos próximos parágrafos!
A senha para a derrubada do impeachment no Senado foi revelada nos últimos dias com a admissão pela Presidenta Dilma, de convocar um plebiscito para que o povo decida se aceita ou não a antecipação de eleição para a presidência.
O senador Roberto Requião (PMDB) é o mentor da operação de garantir a volta de Dilma ao Palácio do Planalto. Para ele com o Parlamento, desmoralizado e os questionamentos até mesmo ao Judiciário, ao Ministério Público e à Polícia Federal, o país precisaria de um “recomeço”. “Nós queremos dar uma oportunidade ao país, e essa oportunidade se transforma no fim do impeachment, no compromisso de um plebiscito de novas eleições e na abertura de uma grande discussão sobre o sistema econômico, partidário e político do Brasil”, disse.
Requião critica de forma veemente as ações do governo interino, especialmente na área econômica: “Qual a consequência disso? Juros acima de 20%; desemprego acima de 20%; mais contração; menos crédito; menos investimentos e mais desemprego. E volta o lendário tripé, essa jabuticaba da economia brasileira, essa profissão de fé ao neoliberalismo fracassado: superávit primário para pagar os juros absurdos nunca auditados, meta de inflação e câmbio flutuante. É a fórmula do fracasso absoluto”, apontou.
O senador aponta que; “O Brasil precisa ser irrigado pelo crédito. A política anunciada por Meirelles, é uma política brutal, de enxugamento, inclusive, de crédito, de concentração de renda, de enriquecimento dos mais ricos. E que, na vertente externa, se observe a geopolítica e a conjuntura, promovendo-se uma inserção soberana do Brasil, e não a loucura entreguista que o nosso senador José Serra realiza agora no Ministério das Relações Exteriores”, criticou.
Difícil, senão impossível mudar o nome do presidente sem mudar drasticamente a composição do Congresso Nacional considerando que se transformou num mero balcão de negócios. Os parlamentares, entretanto, não trabalham com a proposta de eleições gerais, como alguns movimentos defendem. Apenas o cargo de presidente passaria por uma nova escolha. Seria trocar o seis por meia dúzia?
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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