Sábado, 30 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de junho de 2016
O Seminário Agricultura. Desenvolvimento e Combate à Crise, promovido pelo Senge/RS (Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul) trouxe agora à tarde dois painéis que desafiam o tema Inovação e Sustentabilidade. Às 14h, o painelista da Embrapa, Eliseu Alves fez uma apresentação onde ficou visível todo o seu conhecimento na visão de pobreza rural e tecnologia no campo. Em seguida, às 15h, Francisco Eliseu Aquino, professor do Instituto de Geociências da Urfrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) falou sobre as mudanças climáticas e seus impactos na agricultura.
Em 20 anos de pesquisa, o setor agropecuário chegou a conclusão de que a explicação para o crescimento e produtividade das terras é resultado da tecnologia implantada nos campos, segundo Eliseu Alves. “A capacidade de qualidade e agilidade têm sido das máquinas, não podemos negar”, afirma. Ele destaca que a renda bruta dos estabelecimentos nacionais cresceu consideravelmente, cerca de 51%. “A tecnologia explica 90% desses números progressivos e quem decide o uso dela é a rentabilidade”, acrescenta.
Em contraponto, um problema vem afetando os hectares de plantações nos últimos anos. O clima causou destruições, principalmente em 2015, devido ao fenômeno El Niño. “Os principais afetados foram os pequenos e médios agricultores”, conta o professor Francisco Eliseu Aquino. Pelo fato de o Brasil estar localizado no Sul da América do Sul e mais próximo da Antártida, que contém 90% do gelo do planeta, sofremos com temperaturas extremas. “No frio, é muito frio e os ventos alcançam altas velocidades e no calor percebemos os altos riscos do Aquecimento Global”, explica Aquino.
As palestras somaram a presença de mais de 1.300 pessoas no prédio 40 da PUCRS (Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul). O evento se encerra às 18h com a apresentação do case “Vinícola Guatambu – do sonho à sustentabilidade”, conduzida pelo representante Valter José Pötter.