Por Redação O Sul | 20 de junho de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em julho de 2002, o atual prefeito de Porto Alegre José Fortunati (PDT) se viu forçado pelo comando do partido a abandonar a candidatura ao governo do Estado, por duas razões decisivas: não dispunha de apoio financeiro para a campanha, e seus percentuais nos primeiros dias oscilavam nas pesquisas entre 3% e 4%. O filme se repete agora com a candidatura do ex-deputado federal Vieira da Cunha, que nas últimas eleições concorreu ao governo do Estado.
Precavido, Fortunati reafirma que não está garantido o seu apoio à candidatura de Vieira da Cunha. Fortunati, que tem um compromisso com a candidatura do vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), deixa uma pista ao afirmar que “tudo é possível” recordando que “a grande questão é irmos para um processo eleitoral em que não se faça aventura. Já coloquei isso claramente ao Vieira da Cunha. É determinante ter militância, recursos do partido, e tempo de rádio de TV para fazer a campanha. Por isso, a minha cautela”. O atual prefeito de Porto Alegre sugere que o acordo ideal seria, desta vez, o PDT indicar o vice na chapa de Sebastião Melo.
Fogaça trouxe Fortunati de volta
O prefeito da capital gaúcha tem uma gratidão pela iniciativa do ex-prefeito e atual deputado federal José Fogaça, que mudou sua disposição de deixar a política, ao buscá-lo em 2006 no Banco do Brasil para que o pedetista retomasse a vida pública, assumindo a Secretaria do Planejamento em substituição ao vereador Isaac Ainhorn, falecido no final de 2006. Em 2008, com respaldo de Fogaça, foi o escolhido para formar a chapa como seu vice. Eleito, assumiu a prefeitura com a renúncia de Fogaça em 2010 e se elegeu prefeito em 2012.
Lupi no Estado hoje
A pauta da candidatura do PDT ao governo do Estado poderá entrar na conversa do comando nacional do partido. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e o pré-candidato do partido à Presidência da República, Ciro Gomes, desembarcam hoje em Porto Alegre e participam dos atos em homenagem aos 12 anos de falecimento do ex-governador Leonel Brizola, em São Borja.
Semana decisiva para acordo da dívida
As presenças, a partir desta segunda, em Brasília, do governador José Ivo Sartori e do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, deixam claro o tom decisivo dos encontros desta semana para a renegociação da dívida dos Estados com a União. Hoje, Feltes participa da reunião de secretários estaduais com a equipe do Tesouro Nacional. À tarde, já em Brasília, o governador José Ivo Sartori (PMDB) espera reunir-se com o presidente interino Michel Temer.
Na agenda presidencial já consta um encontro, às 15 horas, com todos os governadores. A pressa não é apenas dos governadores, desde que o ministro Edson Fachin, do STF, fixou um prazo para que Estados e União buscassem um entendimento antes que fosse proferido seu voto na ação ajuizada pelo governos gaúcho e catarinense pela repactuação das suas dívidas com o Tesouro Nacional.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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