AgroAraranguá classifica sete conjuntos à disputa do Freio de Ouro
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Redação O Sul
| 27 de junho de 2016
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1˚lugar Fêmeas - Araranguá. Fotos: Felipe Ulbrich/ABCCC/Divulgação
1˚lugar Machos – Araranguá
Na parada mais recente do circuito 2016, Araranguá voltou novamente os olhos da raça para Santa Catarina, onde sete candidatos ao páreo do Freio de Ouro garantiram seu momento de brilhar no Parque Assis Brasil, em Esteio (RS) na decisão da temporada. E em uma virada surpreendente, Seresteira de São Manoel foi a fêmea a terminar no primeiro lugar juntamente com o garanhão Justiceiro do Mano a Mano. Até Seresteira e Justiceiro comprovarem seu potencial como os primeiros na etapa catarinense, 42 conjuntos, destes 24 fêmeas e 18 machos, se colocaram à prova diante do trio de jurados formado pelos criadores Fábio Muricy Camargo, Manoel Braz Gonçalves e Mauro Raimundi Ferreira.
Na primeira dianteira a fêmea SJ Batalha e o macho Donde Estas 110 da Trovador tiveram a melhor avaliação morfológica. Já quando a funcionalidade assumiu a atenção, Butiá Zagaia e Justiceiro do Mano a Mano se saíram melhor e pontearam quase toda a seletiva mostrando, inclusive, as melhores performances também nos primeiros desafios impostos pelas etapas com o gado. Entretanto, entre as matrizes, na Bayard-Sarmento os ventos começaram a soprar mais em direção à Seresteira, que conduzida por Francisco Kras Alves – reconhecido como o Ginete Destaque – deu um verdadeiro show na paleteada final e fez as placas mais altas a consolidarem no topo do pódio.
Com a performance de Seresteira, a expositora Monaliza Soratto Mezzari, da Cabanha Nobreza Crioula, de Morro da Fumaça/SC, conseguiu garantir sua estreia na Expointer. “Está sendo uma grande emoção, sonhamos muito com esse momento. Primeiro agradecemos a Deus, ao trabalho de toda nossa equipe, o veterinário, o tratador, o treinador, enfim, todos eles”, comemora a criadora que está há aproximadamente cinco anos focando nas pistas do Freio de Ouro.
Ver Justiceiro pontear a disputa até o final foi uma alegria imensa para o criador Paulo Reali e seu filho Thiago. Juntos eles irão ter através do garanhão, neto BT Mano a Mano do Junco, a décima oportunidade na pista de Esteio no fechamento do ciclo. “O Justiceiro é um cavalo que sobrou boca. Estamos muito contentes, nossa genética é vencedora, por isso vamos novamente para a Expointer”, afirma Paulo Reali.
De acordo com um dos jurados, Mauro Ferreira, é sempre um grande privilégio para a raça poder voltar ao Caverá. Ele lembra que em 2014, mesmo com a forte chuva, foi possível fazer grandes provas. Então agora com tempo bom, foi um espetáculo à parte julgar um plantel Crioulo e de tão bom nível nessa estrutura. “É um ambiente ímpar. E não apenas pelas condições, mas pela receptividade e por todo o conjunto que propicia à raça se beneficiar desse lugar”, parabeniza.
Conforme o presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos do Sul Catarinense, Vilmar Costa, poder voltar a abrigar um evento da proporção de uma semifinal é um grande orgulho. Ao agradecer a oportunidade, o gestor atribui ainda o sucesso da iniciativa às parcerias importantes feitas, principalmente, com o Caverá Country Park que, pelasegunda vez disponibiliza sua excelente estrutura em benefício da raça Crioula. “Tivemos a honra de sediar uma classificatória, graças ao apoio forte da organização do parque. É uma parceria que vem dando certo”, aponta.
Além da contribuição vinda dos hermanos da Argentina e do Uruguai – que também selecionaram conjuntos à final – no Brasil, o pontapé do roteiro de seletivas aconteceu com o Bocal de Ouro enviando o dobro de inéditos à Expointer. Assim como Esteio (RS), que na semifinal aberta, também elencou 16 habilitados à decisão. Na sequência, mais placas foram levantadas em Pato Branco, classificando outros exemplares no Paraná. De volta ao Rio Grande do Sul, Vacaria, no Norte do estado e Bagé, ao Sul, despontaram como as oportunidades de fazer parte do sonho da maioria dos crioulistas.
Na reta final do circuito – que contará agora apenas com mais duas etapas, as abertas da Região Oito – Araranguá fez jus à responsabilidade atribuída à antepenúltima semifinal do Ciclo 2016. Sob a oferta de garantir as vagas tanto para os credenciados em solo catarinense como os habilitados no Paraná, a arena do Caverá, consagrou-se mais uma vez (a estreia do complexo aconteceu em 2014), como uma pista importante na rota de seleção da funcionalidade Crioula. Organizado pela ABCCC, o circuito do Freio de Ouro conta com o patrocínio de Ipiranga, Massey Ferguson, Ford e o apoio de Supra.
https://www.osul.com.br/ararangua-classifica-sete-conjuntos-a-disputa-do-freio-de-ouro/Araranguá classifica sete conjuntos à disputa do Freio de Ouro2016-06-27