Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2016
Na tentativa de vender a imagem de que a instabilidade política do País foi superada, o presidente interino Michel Temer prepara uma espécie de tour internacional após a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado, programada para o final de agosto.
O peemedebista pediu para a assessoria internacional do Palácio do Planalto montar uma agenda de viagens a partir de setembro, na qual pretende falar com fundos de investimento e agências de risco para afirmar que a situação está normalizada no País e que investidores internacionais podem voltar a investir no Brasil.
No esforço de retomar a credibilidade externa do País, que perdeu desde o ano passado selo de bom pagador de três agências internacionais, o presidente interino programa viagens para China, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Índia, Japão, México e Argentina.
No périplo mundial, pretende levar uma comitiva de ministros da área econômica para apresentar propostas e iniciativas do governo federal para retomada do crescimento, como o pacote de concessões e privatizações e a venda de terras nacionais a estrangeiros.
O primeiro destino será a China, no início de setembro. Na sequência, dará prioridade a Estados Unidos e Inglaterra, países nos quais recebeu convites informais para palestras e encontros de investidores e companhias. Em fevereiro, a agência de classificação de risco Moody’s foi a terceira a anunciar o rebaixamento da nota de crédito do Brasil. Antes dela, tiraram o selo de bom pagador a Standard & Poor’s e a Fitch.
O selo de bom pagador, que é um reconhecimento de que o País é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida de governos. Normalmente, eles pedem que a aplicação seja considerada grau de investimento por pelo menos duas das grandes agências. (Folhapress)