Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 9 de junho de 2015
Preso há 13 dias na Suíça e sem respaldo da CBF, José Maria Marin recebeu apoio de um grupo de amigos liderados pelo presidente do PTB-SP, Campos Machado.
O deputado estadual acertou a contratação de dois advogados brasileiros que vão à Suíça nesta quarta-feira.
“Vamos dar toda a assistência que ele precisar”, afirmou Machado. Marin é o primeiro vice-presidente do PTB do Estado de São Paulo.
Os advogados foram contratados na última quinta-feira (4) e, segundo o deputado estadual, serão pagos por um grupo de amigos do cartola, liderados por Machado.
Chegando à Suíça, os advogados, cujos nomes não foram revelados, vão se informar sobre as medidas que podem ser tomadas na defesa de Marin. Querem saber, por exemplo, se é possível pagar algum tipo de fiança ou multa para que ele seja solto.
A defesa de Marin argumenta ainda que ele possui problemas de saúde, além da idade avançada, 83 anos. A partir desse diagnóstico, entendem que pode ser pedida uma transferência do dirigente a um hospital suíço.
A família de Marin e seus amigos mais próximos têm tido acesso a poucas notícias sobre o estado do cartola na prisão e como é conduzida sua defesa na Suíça.
O ex-presidente da CBF já é defendido por um advogado na Suíça. Georg Friedli, especialista em cooperação internacional e lavagem de dinheiro, foi contratado pela Conmebol para defender Marin e os outros cartolas sul-americanos presos.
Nesta segunda-feira (8), encerrou-se o prazo para que os cartolas presos na Suíça fizessem a primeira apelação contra as detenções.
Procurados, nem Friedli nem a Justiça suíça confirmaram até a conclusão desta edição se eles entraram com recurso.
Mas a previsão da defesa dos dirigentes era que isso acontecesse na segunda.
Já o processo de extradição para os EUA, pedido pela Justiça norte-americana, pode durar até seis meses.
Marin foi preso no dia 27 de maio no hotel em que estava para a eleição à presidente da Fifa. Ele é acusado de receber propina em contratos da CBF. (Bernardo Itri/Folhapress)