Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2016
O pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre o envolvimento do novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com suposto caixa dois de campanha só deverá ter prosseguimento no Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto, após o recesso do Judiciário.
Para pedir a investigação, Janot se baseou em mensagens trocadas entre Maia e o empresário Léo Pinheiro, dono da OAS, sobre uma doação de campanha em 2014. No entanto, apesar da mensagem, não foi registrada doação oficial na Justiça Eleitoral e a Procuradoria suspeitou de caixa dois.
À época da divulgação do pedido de Janot, Maia afirmou, por meio da assessoria, que as doações da construtora OAS foram feitas ao diretório nacional do DEM e transferidas para a candidatura de seu pai, Cesar Maia, ao Senado. Ele também disse que todas as doações estão registradas e foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
O pedido de investigação foi enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo, mas ele entendeu que não havia nenhuma relação com o esquema de fraudes na Petrobras. Um novo sorteio foi realizado e o caso ficou com o ministro Luiz Fux.
Em junho, o ministro Fux decidiu pedir informações aos envolvidos antes de decidir sobre o pedido de abertura de inquérito, que também citava o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) e o senador Romário (PSB-RJ). Romário e Jutahy negaram o recebimento de qualquer doação ilegal.
Para o ministro, como as suspeitas estão em mensagens trocadas com empreiteiros, é preciso antes analisar os argumentos das partes sobre as conversas. (AG)